Secretária de Educação diz que comissionado não trabalha no setor em que foi nomeado
Além de abonar nepotismo, o governo do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), também deu aval a desvio de função do comissionado indicado pela secretária Regina Gonçalves (PV, Habitação). Lotado na Pasta de Educação mesmo depois de a sogra ter sido nomeada no Paço diademense, Daynilson Lopes Vieira bate o ponto no setor de Obras, segundo apurou o Diário. Regina nega ter indicado Daynilson no Paço.
Chefe da Educação, Tatiane Ramos (PSB) disse desconhecer o apadrinhado de Regina no quadro de funcionários de sua Pasta. “Tomei conhecimento (do caso) pelo jornal. Vamos apurar”, disse a secretária de Educação.
Com salário de R$ 4.222,41, Daynilson foi nomeado como chefe de serviço, lotado no departamento de serviço de apoio e divisão de formação pedagógica da Secretaria de Educação. Porém, ele é subordinado da Pasta de Obras, que já possui cerca de 30 vagas próprias destinadas a indicados políticos – atualmente ocupadas –, com salário médio de R$ 5.000 cada servidor comissionado.
Ontem, o Diário revelou que o governo Lauro manteve a indicação de Daynilson mesmo depois de descobrir que a nomeação dele caracterizaria como nepotismo porque a sogra do indicado, Genilda Severo da Silva Santos, já era comissionada no Paço.
A contratação foi indicada por Regina e teria sido avalizada pelo chefe da Gabinete, o vice-prefeito Márcio da Farmácia (PV). Ambos negam. A titular de Habitação, porém, admitiu que Genilda é sua secretária, apesar de ela ter sido nomeada como chefe de divisão no setor de projetos e obras da Pasta, com salário de R$ 5.288.
Genilda é filha de pastor da igreja Assembleia de Deus localizada no Taboão, em São Bernardo. Nas redes sociais, o templo exibe fotos de visitas de Regina, de Lauro e de diversos políticos, como ex-prefeito são-bernardense Luiz Marinho (PT).
PARALISAÇÃO
O Sindema (Sindicato dos Servidores Públicos de Diadema) manteve a paralisação de hoje como forma de protestar contra mudanças no estatuto dos servidores. A categoria se concentrará às 8h na sede do sindicato e, às 13h, promoverá protesto na Câmara.
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