Economia Titulo Depois de retomada
Depois de ensaiar retomada, emprego na construção volta a cair

Geração de vagas tem oscilado, o que é visto com bons olhos por SindusCon

Gabriel Russini
Especial para o Diário
24/10/2017 | 07:24
Compartilhar notícia
EBC


Após ter verificado o melhor desempenho dos últimos 33 meses em julho, com saldo (admissões menos demissões) positivo de 567 vagas, o segmento da construção civil voltou a sofrer com maus resultados no Grande ABC. Em agosto, foram demitidos 76 profissionais.

Os dados são de levantamento realizado pelo SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) em parceria com a FGV (Fundação Getulio Vargas), com base em informações do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego).

O ano de 2017 tem sido marcado pela oscilação na geração de emprego neste segmento. Os três primeiros meses registraram 938 demissões e, abril, com a criação de 67 postos, rompeu sequência negativa de 30 meses consecutivos de demissões. Em maio, as contratações aceleraram e houve a admissão de 189 operários. Em junho, por sua vez, os cortes voltaram e atingiram 438 profissionais.

Na avaliação da diretora regional do SindusCon-SP em Santo André, Rosana Carnevalli, no entanto, os dados podem ser interpretados com otimismo. Para ela, esta variação nos índices de emprego no setor da construção se faz presente em tempos de retomada. “A própria oscilação já é um fator a ser comemorado diante do que vimos nos dois anos e meio de quedas atrás, de quedas seguidas, que chamamos de limbo.”

Não à toa, as marcas do período de forte retração ainda estão presentes no ramo, haja vista que o total de trabalhadores que atuam nas sete cidades recuou 5,8% nos 12 meses encerrados em agosto. Até o fim do oitavo mês, havia 40.736 profissionais na construção civil do Grande ABC. No mesmo mês em 2016, 43.253 operários estavam empregados nas sete cidades. Ou seja, houve recuo de 2.517 pessoas.

POR MUNICÍPIO - No total, as sete cidades verificaram saldo negativo de 76 postos de trabalho no setor em agosto. Conforme o levantamento do SindusCon-SP, Santo André e Mauá foram as únicas cidades da região a encerrar o mês no azul, com saldos positivos de 61 e 25 vagas, respectivamente.

Por outro lado, os demais municípios seguiram na contramão. São Caetano foi a que registrou o pior saldo, de 117 demissões. Diadema (-29), Ribeirão Pires (-7), São Bernardo (-5) e Rio Grande da Serra (-4) fecham a lista.

Rosana lembra que, para haver a recuperação do segmento, é fundamental que a economia se restabeleça, afinal, para retomar a confiança e investir em imóveis, o consumidor precisa de mais segurança. “A necessidade das reformas (como a trabalhista e a previdenciária) e outras medidas são cruciais para garantir o fortalecimento de setores-chaves para a macroeconomia. Só assim voltaremos a ter um ambiente consistente e seguro. E a construção poderá voltar a crescer de vez”, complementa.Após ter verificado o melhor desempenho dos últimos 33 meses em julho, com saldo (admissões menos demissões) positivo de 567 vagas, o segmento da construção civil voltou a sofrer com maus resultados no Grande ABC. Em agosto, foram demitidos 76 profissionais.

Os dados são de levantamento realizado pelo SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) em parceria com a FGV (Fundação Getulio Vargas), com base em informações do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego).

O ano de 2017 tem sido marcado pela oscilação na geração de emprego neste segmento. Os três primeiros meses registraram 938 demissões e, abril, com a criação de 67 postos, rompeu sequência negativa de 30 meses consecutivos de demissões. Em maio, as contratações aceleraram e houve a admissão de 189 operários. Em junho, por sua vez, os cortes voltaram e atingiram 438 profissionais.

Na avaliação da diretora regional do SindusCon-SP em Santo André, Rosana Carnevalli, no entanto, os dados podem ser interpretados com otimismo. Para ela, esta variação nos índices de emprego no setor da construção se faz presente em tempos de retomada. “A própria oscilação já é um fator a ser comemorado diante do que vimos nos dois anos e meio de quedas atrás, de quedas seguidas, que chamamos de limbo.”

Não à toa, as marcas do período de forte retração ainda estão presentes no ramo, haja vista que o total de trabalhadores que atuam nas sete cidades recuou 5,8% nos 12 meses encerrados em agosto. Até o fim do oitavo mês, havia 40.736 profissionais na construção civil do Grande ABC. No mesmo mês em 2016, 43.253 operários estavam empregados nas sete cidades. Ou seja, houve recuo de 2.517 pessoas.

POR MUNICÍPIO - No total, as sete cidades verificaram saldo negativo de 76 postos de trabalho no setor em agosto. Conforme o levantamento do SindusCon-SP, Santo André e Mauá foram as únicas cidades da região a encerrar o mês no azul, com saldos positivos de 61 e 25 vagas, respectivamente.

Por outro lado, os demais municípios seguiram na contramão. São Caetano foi a que registrou o pior saldo, de 117 demissões. Diadema (-29), Ribeirão Pires (-7), São Bernardo (-5) e Rio Grande da Serra (-4) fecham a lista.

Rosana lembra que, para haver a recuperação do segmento, é fundamental que a economia se restabeleça, afinal, para retomar a confiança e investir em imóveis, o consumidor precisa de mais segurança. “A necessidade das reformas (como a trabalhista e a previdenciária) e outras medidas são cruciais para garantir o fortalecimento de setores-chaves para a macroeconomia. Só assim voltaremos a ter um ambiente consistente e seguro. E a construção poderá voltar a crescer de vez”, complementa. 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;