Na quinta-feira, 19, por volta de 17h, Luiza estava quase na porta do local onde trabalha quando caiu dentro do espaço aberto pela empresa de saneamento na calçada e quebrou o pé em três partes. "Eu não queria acreditar que tinha caído naquele buraco de esgoto. Estava machucada, com dor e fui socorrida por pessoas da rua que chamaram meus amigos da escola. A sinalização do buraco não estava correta", declarou a docente
A professora está internada na Santa Casa de Santos e será operada. Após a cirurgia, deve passar por reabilitação durante três meses. Como mora sozinha, vai contratar um cuidador durante o período de tratamento.
Resposta - A Sabesp informou que o local do acidente foi sinalizado momentaneamente durante a troca das equipes que atuavam no endereço.
É importante ressaltar que a causa do acidente não é a cegueira da professora Luiza. O único motivo é a ausência de procedimentos básicos de segurança, com a instalação de proteção correta e sinalização acessível. Qualquer pessoa que estivesse distraída, concentrada na tela do smartphone ou falando ao telefone poderia ser surpreendida e se machucar.
Acionar autoridades de fiscalização é uma prática que a pessoa com deficiência precisa incorporar no seu dia a dia, principalmente quando for alvo de exclusão, discriminação, preconceito ou se perceber que seus direitos fundamentais não são respeitados.
O poder público precisa defender o cidadão, fazer valer as legislações, inclusive dentro dos órgãos municipais, com aplicações na rotina diária.
A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (nº 13.146/2015) também trata da administração pública. Ao acionar o órgão fiscalizador, seja por meio da delegacia, do Ministério Público, em uma ação individual, ou até mesmo acionando a polícia para registrar boletim de ocorrência, o cidadão incute a necessidade do infrator conhecer a legislação.
Normas técnicas a serem usadas em qualquer projeto são facilmente encontradas na internet.
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