No mês passado, Maia fez duras críticas a Temer depois que o senador Fernando Bezerra (PE) se filiou ao PMDB. Na época, cobrou lealdade do peemedebista e disse que não poderia "ficar levando facada nas costas". O presidente da Câmara tenta há meses atrair os descontentes do PSB para fortalecer o seu partido, o DEM.
Nesta terça, Tereza Cristina admitiu que mantém diálogo com o PMDB, principalmente por ser muito próxima no seu Estado ao ex-governador André Puccinelli, que é do mesmo partido de Temer.
Ela, no entanto, afirmou que ainda não decidiu a qual partido vai se filiar depois que deixar o PSB. "Não quero errar de novo", disse.
Sobre o processo de expulsão do PSB, a deputada cobrou "diálogo" com a direção nacional. Segundo ela, o grupo de descontentes propôs que a sigla liberasse os parlamentares que desejam sair do partido.
Por conta da legislação eleitoral, o deputado que se desfiliar de uma legenda fora do prazo estabelecido pela janela partidária corre o risco de perder o mandato.
Nesta segunda-feira, 16, o diretório nacional se reuniu para deliberar sobre a expulsão de Tereza Cristina, de Fabio Garcia, do deputado Danilo Forte (CE), e do ministro Fernando Coelho Filho (Minas e Energia). A decisão, no entanto, foi adiada para a próxima semana por conta de uma liminar da Justiça.
Os deputados do PSB que são contrários a Tereza estão tentando coletar as assinaturas necessárias para tirá-la da liderança ainda nesta terça. Para que isso aconteça, a maioria dos 37 deputados da bancada tem de apoiar o requerimento.
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