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Obra no Albert Sabin sobrecarrega serviço de emergência municipal
Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
12/10/2017 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


 Nove anos após sua inauguração, o Hospital Albert Sabin, em São Caetano, é obrigado a passar por reforma de grande porte e que custará aos cofres públicos R$ 3 milhões. Devido à falta de manutenção adequada nos últimos anos, o equipamento municipal – responsável pelo atendimento de 1.000 pacientes por dia – está fechado desde setembro, com expectativa de ser reaberto em até oito meses. Além do gasto monetário que poderia ser evitado, a obra obrigou a transferência dos serviços de Saúde para o Hospital São Caetano, que funciona com sua capacidade no limite, conforme a administração.

Em visita à estrutura do Hospital Albert Sabin na manhã de ontem, a secretária de Saúde Regina Maura destacou preocupação com o cenário de transtornos causados pela “falta de manutenção do espaço de Saúde”, que está tomado por rachaduras, mofo e infiltrações. “Nos últimos quatro anos houve desleixo na manutenção de equipamentos e na parte predial. Havia contrato de manutenção, que se iniciou em fevereiro de 2016, mas a empresa recebeu só a primeira mensalidade. O prédio ficou sem qualquer tipo de manutenção. O que encontramos aqui foi lamentável.”

Iniciada no mês passado, a reforma tem previsão de durar até oito meses. A maior parte das paredes internas precisou ser removida para que dê lugar a estruturas de alvenaria. A obra é custeada pela USCS (Universidade Municipal de São Caetano) e prevê, além dos reparos da estrutura, a ampliação dos leitos de observação de 30 para 42.

Outro desejo da Prefeitura é viabilizar UPA (Unidade de Pronto Atendimento) 24 horas no hospital. Conforme Regina, o pleito é para que o governo federal autorize a liberação de custeio mensal de R$ 300 mil. “Já enviamos ofício solicitando (o credenciamento da UPA). Não se sabe (a resposta), porque o ministério está em contenção de despesas, mas há sempre uma esperança”, disse.

Questionado sobre o assunto, o Ministério da Saúde destacou que, “conforme a portaria 10/2017, a habilitação de UPA 24 horas para o recebimento do custeio mensal ocorre após efetivo funcionamento da unidade e mediante aprovação de proposta no sistema”.

SOBRECARREGADO

O atendimento de emergência da cidade está sendo feito no Hospital São Caetano. A estimativa é a de que até 60% destes pacientes sejam de fora do município. “A equipe (que foi deslocada) é para o atendimento que nós tínhamos aqui. Não temos orçamento para aumentar. Se a demanda continuar vindo, vamos ter que criar plano estratégico”, alertou.




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