Protagonista nas argolas, Arthur Zanetti experimentou ontem a sensação de errar e ter de torcer para ficar entre os oito ginastas que avançaram à final da prova no Mundial do Canadá. Desequilíbrio no fim da série e passo na decolagem comprometeram, mas com 14.700, o são-caetanense avançou à decisão de sábado. Caio Souza, de São Bernardo, também está na final, mas no individual geral.

Campeão olímpico em Londres, em 2012, e Mundial na Antuérpia (Bélgica), em 2013, Zanetti sabia que não seria fácil, mas não imaginava que a vaga na final ficaria por um fio. Conhecido pela regularidade, ele deixou o aparelho se movimentar muito no fim da série, o que supõe cansaço, e a aterrissagem também não foi das melhores. Aos 27 anos, saiu da prova e ficou na torcida. Mesmo com a vaga, mostrou chateação.
“No geral a série foi muito ruim mesmo. Não gostei. Estou zero satisfeito”, desabafou o são-caetanense. “Foi no último elemento mesmo. Hoje, está pesando muito a execução. Precisa fazer benfeito”, concluiu.

Contrastando com a irritação de Zanetti estava o alegre Caio Souza. Reserva na Rio-2016, o atleta de São Bernardo competiu no individual geral, quando o ginasta passa pelos seis aparelhos, e se garantiu entre os 24 competidores que avançaram à final de amanhã. “Fiquei feliz com minha competição. O primeiro passo foi dado, que era competir e chegar a uma final”, comentou Caio.

Já Arthur Nory ficou perto das finais do solo e na barra fixa, mas acabou de fora. “Tinha a série mais difícil. Foram uns dois décimos que me prejudicaram, vacilei”, lamentou ele, prata no solo na Rio-2016.

Outra baixa na Seleção é Rebeca Andrade. Principal esperança de medalha, ela sentiu dor no joelho direito durante treino e ontem foi constatada lesão do ligamento cruzado anterior que a tirou de combate.