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S.Caetano e esperança da nova política
Do Diário do Grande ABC
25/09/2017 | 12:34
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Artigo

A população brasileira, esgotada com a atual política e com o próprio sistema eleitoral, clama por novo momento capaz de alterar radicalmente o jeito de governar, envolvendo, sobretudo, os segmentos da sociedade em projeto de reconstrução do País. Este período exige mudar conceitos do passado e do presente, e traçar novos paradigmas, com responsabilidade, generosidade e transparência.

Recentemente, vimos a surpreendente eleição de Emmanuel Macron, que chegou à presidência da França após fundar partido de linha progressista, com discurso enfático de ‘revolução democrática’. Derrotou alas tradicionais e chegou ao posto máximo de seu país, possuindo currículo que une características políticas e técnicas, além de profunda experiência no campo econômico. Outro exemplo é a Argentina, que também conseguiu romper com antigos grupos locais e iniciar novo formato de governo.

Nesta etapa de mudanças, São Caetano vislumbra caminho capaz de encerrar definitivamente com o atual modelo, ao capacitar agentes para o exercício da liderança em cargos administrativos. Ocorre que muitos de nossos representantes no Executivo e no Legislativo conquistam seus cargos, sejam eletivos ou por indicação, com pouco conhecimento técnico.

Por isso, a Prefeitura, a Câmara e a USCS (Universidade Municipal de São Caetano) iniciaram inédito modelo de capacitação com o curso de Gestão Estratégica e Governo. Secretários, vereadores, diretores, assessores e demais funcionários públicos poderão aprofundar conhecimentos e trocar experiências em programa de pós-graduação que proporcionará especialização adequada para os agentes públicos.

Entretanto, o conhecimento técnico precisa estar associado ao poder de decisão política. Este binômio deve nortear as ações na gestão pública, onde prevaleça os espíritos de solidariedade, de generosidade, de resiliência e de gentileza. Onde haja, inclusive, a forte presença do espírito humano, mas sem lágrimas, vitimização e vaidades, e sim com profissionalismo, ética e eficiência.

Com essa nova visão e liderança, o atual prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior, tucano por essência, certamente alcançará voos ainda maiores, que romperão as fronteiras dos 15 km² (quilômetros quadrados)do território da cidade. Estamos alinhados e compartilhamos este novo tempo da história de nosso município, sem o populismo momentâneo, maléfico para as sociedades democráticas, mas exercendo a função pública com responsabilidade e respeito por projeto que atenda às futuras gerações.

Pio Mielo é professor, vereador pelo PMDB e presidente da Câmara de São Caetano.

Palavra do leitor

Controladoria

Em relação à reportagem veiculada neste Diário sobre a implantação da Controladoria em São Caetano (Política, dia 18), com finalidade de, entre outras muitas, controlar o crescimento patrimonial dos servidores públicos, e a lisura de contratos e licitações, parece óbvio que a iniciativa merece a felicitação por parte dos munícipes. O gestor público que não se rodeie dos devidos cuidados contra a corrupção inerente à sua função está fadado a sofrer severas consequências, muitas das vezes pela culpa de apenas não ter visto o acontecido, e daí a cair no ostracismo como gestor e como político é apenas um passo. O sistema, desse modo, funcionará como vacina para proteger as integridades moral e profissional de todos os ocupantes de cargo público executivo. Deveriam copiar essa iniciativa de São Caetano.

Ruben J. Moreira
São Caetano

Os cinco

Os cinco generais presidentes acabaram com a vergonhosa impunidade parlamentar e, por meio de ato institucional, fecharam o Congresso. Prenderam Lula quando era presidente do Sindicato dos Metalúrgicos e Dilma Rousseff. Se tivessem mantido os dois na cadeia durante o tempo que durou a revolução nosso País não estaria assim. Durante o governo petista houve as maiores ladroeira e corrupção, nunca vistas no País. Quebraram a Petrobras, Eletrobras e outras estatais. O BNDES, concedeu empréstimo de R$ 10 bilhões aos irmãos Batista, donos da JBS (cumprindo prisão preventiva) sem as garantias necessárias. Vejam os que chegaram após: Sarney, Collor, Lula, Dilma, Temer, Geddel (o homem dos R$ 51 milhões), Renan, Zé Dirceu, Palocci, Aécio, Cunha, Cabral, além dos inúmeros políticos presos, juntamente com donos de empreiteiras. Ainda querem mais?José Sacucci Filho
[São Caetano

Luto pelo futebol

Até meados dos anos 1990, éramos os melhores no que fazíamos. No trato com a bola, com jogadas geniais, de craques muito criativos e pensantes. O Brasil era o celeiro de grandes jogadores para o mundo. Mas, daí em diante, os técnicos de grandes clubes daqui começaram a olhar muito o futebol do Velho Mundo, que não faziam nada além de se defender e armar contra-ataques, futebol muito duro, de força e velocidade, pouco criativo. Pois é. Parece muito com o nosso futebol atual, tanto na descrição quanto na prática, que ficou à mingua no quesito criatividade, perdeu o seu maior brilho, deixou de ser protagonista e passou a ser coadjuvante. E, agora, perdemos para os europeus, que recriaram seu futebol, inspirados na Copa de 1970, de Pelé e companhia. Mas não é apenas saudosismo de outros tempos memoráveis, são fatos verídicos da realidade que se encontra o nosso velho futebol, que infelizmente está nos deixando. Por reflexo desse imediatismo de mercado, digo que nossa sociedade de certa forma igualou-se a sistema de produção pouco criativo. A morte, nesse caso, pode não ser o fim, mas o recomeço de outra vida do nosso grande futebol.

Rafael Alves
Santo André

Sem surpresas

Não me espanta em nada o descaso na Saúde de Santo André, a falta de respeito com o contribuinte e a ausência de profissionalismo dos funcionários do Centro de Especialidades 1 da Ramiro Coleone. Aliás, é o modus operandi em qualquer órgão público que se necessite de algum serviço. A falta de gestão do prefeito Paulo Serra e da secretária de Saúde Ana Paula Peña Dias é nítida. Esquecem-se o prefeito e a secretária que os médicos irão solicitar exames e retorno dos pacientes para dar continuidade aos tratamentos? Programa Fila Zero da cidade mais parece discurso de palanque do que trabalho para a melhoria no atendimento da Saúde no município. Enquanto isso, esperamos por milagres! Não vou aceitar como resposta discursos de palanque ou frases prontas de políticos.

Gino Pavan Neto
Santo André

As calçadas

Certa feita, equipe do Hospital das Clínicas da USP fez levantamento que apurou que nada menos do que 20% dos atendimentos do pronto-socorro decorriam de acidentes nas calçadas. Cumprimento este Diário por ocupar-se do problema referente a acidentes de trânsito (Setecidades, dia 20). Importante lembrar que a Justiça tem condenado os proprietários e as prefeituras a indenizarem as vítimas de acidentes em calçadas. As prefeituras por omissas na fiscalização e, os proprietários, pela ação ou pelo abandono. Calçadas devem ser executavas em conformidade com as normas ditadas pelas posturas municipais e pela Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Nevino Antonio Rocco
São Bernardo

Para que serve?

Todas as rodovias foram construídas com nosso dinheiro, portanto, são nossas! Pagamos inclusive para mantê-las estatizadas. Colocá-las (e outras propriedades também públicas) sob concessão é dar aos ‘espertos’ aproveitadores o direito de nos explorar, lucrando bastante com o que é nosso. Para que serve o poder público inchado, ganhando mais que nós e com tantos privilégios que não temos e pagamos se o serviço que deveria fazer passa para terceiros? Receber sim, trabalhar não! Antes pagamos por elas incluindo a maldita propina, sempre embutida, e quando prontas, concessionárias – escolhidas por políticos que conhecemos bem e assim decidem – nos cobram pedágios abusivos, não fazem a manutenção necessária e levam nosso dinheiro.

Nilson Martins Altran
São Caetano 




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