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Pastoral da Criança sente a falta de mais voluntários na região

Organismo da Igreja Católica desempenha atividades de Saúde, Educação e nutrição com gestantes e pequenos de zero a 6 anos voluntariamente

Bia Moço
Especial para o Diário
19/09/2017 | 07:00
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André Henriques/DGABC


Aos 30 anos de atuação no Grande ABC, completados domingo, a Pastoral da Criança – organismo da Diocese de Santo André, responsável pelas sete cidades – ainda tem longo caminho a percorrer. Afinal, das 65 mil pessoas que necessitam da assistência entre as sete cidades, apenas 7% são atendidas nas áreas de Saúde, nutrição, cidadania e Educação (3.846 menores com idade entre zero e 6 anos e 353 gestantes). O trabalho social, criado há 34 anos no País pela médica sanitarista e pediatra Zilda Arns Neumann (1934-2010), sobrevive em 51 paróquias e 111 comunidades/capelas da região com a ajuda de 498 voluntários.

A aposentada Rosa Maria, 63 anos, foi inspirada pela irmã Cecília de Nadai – fundadora da pastoral na região, no Jardim Zaíra, em Mauá, em 1987 – a implementar a organização em São Caetano. “Lembro que a irmã disse uma frase que fez arder meu coração: ‘Com essas crianças carentes pude viver o evangelho na prática’. Isso me tocou, então fiz a formação e apliquei aqui na minha comunidade em 1990.” Rosa explica que o maior problema do organismo é a falta de braços. “Infelizmente não conseguimos atender todos que precisam, pois faltam voluntários. Se não houver interesse das pessoas, cada vez mais aumenta o número de crianças (que precisam de ajuda), e menor será o nosso alcance.”

Mãe de quatro filhos, Maria Gomes Coelho e Silva, 43, foi assistida pela Pastoral da Criança desde sua primeira gestação, em Pernambuco. A professora conta que, durante visita a familiares, apaixonou-se por São Bernardo, e nunca mais foi embora. Viu que o trabalho também existia na região e passou a prestar atendimento como líder voluntária. Hoje, é coordenadora de diocese do Grande ABC. “Sinto gratidão e transformação de vida. Como mãe, fui uma das abençoadas que receberam esse olhar, e com a pastoral amadureci, tive suporte e aprendi questões que vou carregar comigo para o resto da vida. Quis passar isso adiante.”

A dona de casa Maria da Silva, 27, também vinda de Pernambuco, é mãe de dois filhos. Moradora de São Caetano, ela comemora a evolução da caçula, com 5 meses, que foi assistida pela pastoral desde o início de sua gestação. “Esse acompanhamento foi muito importante. Me sinto muito mais segura. Sou muito grata.”

O trabalho prevê visitas mensais às residências das mães cadastradas na organização. Um dos objetivos do acompanhamento é traçar índice de desenvolvimento do menor. Para facilitar, foi criado aplicativo, batizado de APP Visita, que organiza as informações.

Entre outras ações mantidas estão parceria com o Comitê da Mortalidade Infantil de São Bernardo e com a Secretaria de Saúde de Santo André para a manutenção de três campanhas: Dormir de Barriga Para Cima é Mais Seguro, Antibiótico 1° Dose Imediata e Campanha dos 1.000 Dias.

Para celebrar a data, será celebrada missa, hoje, às 16h, na Catedral do Carmo, no Centro, presidida pelo bispo diocesano, dom Pedro Carlos Cipollini.
 




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