Para especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do etanol é de 70% do poder do combustível fóssil. Com a relação entre 70% e 70,5%, é considerada indiferente a utilização de gasolina ou etanol no tanque.
De acordo com Moacir Mokem Yabiku, gerente técnico de pesquisa da Fipe, o movimento reflete alguns fatores como a nova política de preços da Petrobras para a gasolina, que em agosto prevaleceu o encarecimento do produto, o aumento de PIS/Cofins para os dois combustíveis e a opção de produtores de produzirem mais açúcar do que álcool.
No Índice de Preços ao Consumidor (IPC) - que mede a taxa de inflação na capita paulista -, a gasolina ficou 6,82% mais cara em agosto e o etanol, 7,49%. Já os preços do açúcar cederam 4,30% no oitavo mês do ano, depois da queda de 0,23% em julho. No caso da gasolina e do etanol, houve taxas positivas de 0,28% e de 1,14% no IPC do sétimo mês do ano. Em agosto, o IPC-Fipe teve elevação de 0,10%, depois de cair 0,01% em julho.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.