A partir daí, o governo definirá o modelo da licitação, em decisão a ser tomada ainda neste ano. Quintella admitiu, no entanto, que a abertura pode acontecer apenas em 2018 e evitou fazer previsões sobre quanto a estatal poderá levantar com a operação. "Isso vai depender muito do leilão, da competição por essa fatia da Infraero", afirmou o ministro, após participar de fórum sobre infraestrutura promovido pelo Lide.
Quintella não descartou a venda de participação majoritária da Infraero, mas garantiu que a privatização total está fora de cogitação, ainda que essa alternativa seja defendida por setores do governo.
"A Infraero contratou uma consultoria externa que está avaliando o melhor formato: se manteremos 51% ou se teremos fatia minoritária, de 49% ou até menos", comentou. Segundo Quintella, a operação vai injetar recursos numa empresa que perdeu a capacidade de investimento.
Ele destacou ainda que a Infraero voltará a apresentar resultado operacional positivo, depois de perder quase R$ 3 bilhões nos últimos três anos em razão da perda de receitas tarifárias, comerciais e da obrigatoriedade de pagamento de outorgas em concessões.
Só a incorporação do adicional de tarifa aeroportuária, conhecido como Ataero, às receitas da Infraero significou, conforme Quintella, aproximadamente R$ 400 milhões por ano ao caixa da empresa. Como parte do programa de recuperação da estatal, também foi perdoada, via medida provisória, uma dívida de R$ 1,8 bilhão que a Infraero tinha com o Ataero.
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