Economia Titulo Bandeira vermelha
Mudanças de hábito podem render economia de até 10% no consumo elétrico
Marília Montich
o Diário OnLine
07/08/2017 | 12:08
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Divulgação/Fotos Públicas


A conta de luz dos brasileiros ficou mais cara desde a última terça-feira, dia 1º de agosto. No final de julho, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) informou que a bandeira tarifária para este mês é a vermelha, por conta  do aumento do custo para geração de energia. Na prática, isso significa que a conta custará R$ 3 a mais para cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos. Em tempos de crise, a notícia não caiu bem aos brasileiros. Pequenas mudanças de hábito, porém, podem render economia de consumo e garantir alívio ao bolso. 

“A economia pode variar por fatores como o tamanho da instalação elétrica, a quantidade de aparelhos na residência e também o comportamento de consumo consciente por parte dos moradores e usuários do imóvel. Usualmente, estimamos que 10% é um montante factível de ser atingindo”, explica o coordenador de Usos Finais e Eficiência Energética da AES Eletropaulo, Rubens Leme. 

Os principais vilões da conta, segundo Leme, costumam ser os aquecedores e chuveiros elétricos, principalmente no inverno. “Com a queda da temperatura, a tendência natural é que aumente a procura por equipamentos que garantem mais conforto. No entanto, é preciso ficar de olho no consumo de energia e consequente aumento no valor da conta de luz, já que eles podem representar mais de um terço do consumo de energia, por terem potência alta.”

Quantos aos aquecedores, a dica do coordenador é evitar deixá-los ligados por longos períodos, utilizando-os apenas enquanto estiver no ambiente. O mesmo vale para televisões. Não deixe os aparelhos ligados sem que haja alguém assistindo e programe o timer (desligamento automático). No caso do computador, desligue o aparelho sempre que ficar mais de duas horas sem utilização. Já o monitor pode ser apagado a partir de 15 minutos. 

No caso das máquinas de lavar e secar, o ideal é utilizar sua capacidade máxima. “Nas de lavar, fique alerta à quantidade de sabão, evitando repetir a operação de enxágue. Para aquelas que têm a função de água aquecida, não recomendamos usar esse recurso. Quanto às secadoras, utilize-as apenas quando realmente necessário”, diz. 

Sobre geladeiras, deve-se atentar para não abrir a porta desnecessariamente. Verificar se a borracha de vedação da porta está cumprindo sua função e nunca utilizar a parte traseira do equipamento para secar roupas ou sapatos também são orientações valiosas. 

O momento da aquisição de eletrodomésticos também é de extrema importância e deve demandar atenção. “Escolha os de baixo consumo de energia. Procure por aparelhos com selo do Procel (no caso de nacionais), preferencialmente com alta eficiência energética, ou Energy Star (no caso de importados).”

As lâmpadas, se possível, devem ser de LED ou fluorescentes em toda a casa. “A troca faz cair pela metade o consumo de energia”, ressalta Mario Kawano, professor do departamento de Engenharia Elétrica da FEI. 
 
Não deixar aparelhos em stand-by também rende economia. O melhor é tirá-los da tomada. A prática proporciona redução de 3 ou 4 kWh por mês. A mesma economia pode ser obtida por meio de hábitos ao assistir TV, por exemplo. “As pessoas hoje tem mania de  tela grande, mas se gasta muita energia para iluminá-la. Então uma tela menor é preferível, assim como reduzir o brilho e volume da televisão”, diz  Kawano. 

Condomínios – Quando parte da conta é compartilhada, outras mudanças devem ser consideradas visando o benefício de todos. Aproveitar espaços livres, como garagens cobertas, pode ser uma alternativa. “É possível colocar ali placas de energia solar, por exemplo”, cita o professo da FEI. 

Se a ideia for apenas introduzir pequenas mudanças na rotina, substituir iluminação local por lâmpadas econômicas e utilizar de controles como sensor de presença podem ser um bom começo. O uso dos elevadores também pode ser observado. “É possível implantar a utilização racional, por exemplo com o auxilio de equipamentos automáticos de controle ou definindo andares a serem atendidos por determinados elevadores. Pode-se ainda desligar um dos elevadores em horários com menos fluxo de pessoas”, completa o coordenador da AES Eletropaulo.  




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