"A perda de confiança decorrente da crise política deflagrada em 17 de maio foi relativamente pequena até agora. As expectativas empresariais tornaram-se menos otimistas, comprovando a sensibilidade aos níveis de incerteza econômica, mas os indicadores que retratam o grau de satisfação das empresas com a situação corrente dos negócios mantiveram a tendência de alta gradual, em linha com a lenta retomada da economia em 2017", avaliou Aloisio Campelo Junior, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O ICE agrega os dados das sondagens da Indústria de Transformação, Serviços, Comércio e Construção. O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a FGV, o objetivo é que ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica.
Em julho, a maior contribuição para o aumento da confiança do empresário foi do Índice de Situação Atual (ISA-E), com aumento de 0,7 ponto em relação a junho, para 80,3 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE-E) ficou estável, permanecendo em 91,7 pontos.
A distância entre o nível dos indicadores que medem a percepção atual e a perspectiva futura dos empresários continua elevada, mas manteve a tendência de queda, alcançando 11,4 pontos, o menor nível desde outubro de 2016.
A maior diferença entre o ISA e o IE é observada na Construção (20,7 pontos), seguido por Comércio (9,2 pontos), Serviços (8,8 pontos), e Indústria (5,0 pontos).
Houve aumento da confiança empresarial em julho na Indústria, nos Serviços e na Construção, enquanto o Comércio teve queda de 2,3 pontos.
A coleta do Índice de Confiança Empresarial reuniu informações de 5.027 empresas dos quatro setores, durante os dias 3 e 26 de julho.
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