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Contribuição para recuperar a economia
Do Diário do Grande ABC
30/07/2017 | 10:38
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A volta da economia a uma trajetória de crescimento passa pelo fortalecimento da presença do Estado como indutor do investimento em infraestrutura. Sem essa retomada pelo governo federal do seu papel de dinamizador das obras de caráter estrutural e estruturante, o País corre o risco de repetir uma expansão episódica, marcada por altos e baixos.

A importância do investimento na melhoria da vida da população brasileira é o tema central da publicação Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento – Cidades, projeto que vem sendo conduzido pela FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) desde 2006.

Em sua versão mais recente, apresenta diagnóstico dos principais problemas das cidades e as soluções a serem adotadas para aumentar a qualidade de vida da população. No documento, aponta-se, por exemplo, que serão necessários R$ 273 bilhões até 2033 para reposição e expansão de sistemas de fornecimento de água e de esgoto sanitário.

Em outro tema relevante, o Cresce Brasil aborda os avanços disponíveis para aprimoramento da iluminação pública por meio da tecnologia LED. O uso em larga escala desses sistemas pode gerar redução de até 50% na despesa com energia elétrica das prefeituras brasileiras.

No segmento da moradia, o documento lembra que há uma carência de mais de 5,8 milhões de domicílios no País, um número que considera tanto as famílias que não possuem moradias quanto aquelas que moram em edificações inadequadas.

Ao apontar a necessidade de investimento em segmentos distintos, o Cresce Brasil lista alternativas de gestão das contas públicas de forma a se criar as condições para os gastos de capital. Nesse sentido, o documento recomenda gestão financeira voltada para a ampliação da base de arrecadação.

No atual cenário, em que é notória a necessidade de expansão do investimento, os engenheiros chamam a atenção para o risco da paralisação de milhares de obras públicas espalhadas pelo País. Os cerca de 5.000 canteiros abandonados Brasil afora são o retrato de um duplo prejuízo: primeiro, pela perda de verbas públicas; segundo, pela falta que tais obras concluídas representam para a população.

Com o País arcando com os custos de uma recessão, a retomada das obras públicas ajudaria a formar novas frentes de trabalho, gerando emprego e renda. Esse alerta para que esses empreendimentos sejam reiniciados são contribuições que a engenharia e os engenheiros têm a dar nesse momento de recuperação da economia nacional.

Murilo Pinheiro é presidente da FNE (Federação Nacional dos Engenheiros), do Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo e da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais.

Palavra do leitor

Reservas

 Hoje o Brasil possui mais de US$ 380 bilhões em reservas internacionais. Isso dá mais de R$ 1.2 trilhão. Essas cifras tem crescido vertiginosamente ao longo dos anos. Para se ter uma ideia, em janeiro de 2003 tínhamos US$ 37 bilhões e sete anos depois, em 2010, US$ 240 bilhões. Entendo ser importante ter uma boa reserva, porém, em tempos em que o Brasil está contando moedas no fundo da gaveta, para que serve essa dinheirama toda. Só para controlar a taxa de câmbio? Será que, pelo menos parte dela, não poderia ser mais bem utilizada em momentos de crise aguda como esta que estamos vivendo? O governo faz um tremendo barulho com aumento de impostos sobre combustíveis, com tantos efeitos colaterais nocivos à economia para arrecadar aproximadamente R$ 10 bilhões até o fim do ano. Não seria mais eficiente e producente usá-lo para investir em infraestrutura, gerando aumento de emprego e, consequentemente, arrecadação; na Saúde, que está em frangalhos; e em outras iniciativas para melhorar a qualidade de vida de nossa população? Acredito que falta bom senso ou habilidade de nossas autoridades monetárias para lidar com essa questão.

Mauri Fontes

Santo André

Descrédito

 O ainda presidente Temer decidiu colocar um misturador de voz em seu gabinete. O objetivo, por certo, é evitar que se tornem públicos os acordos espúrios, numa fase que ele enfrenta tramitação de processos visando seu afastamento do poder. Isto vem aumentar ainda mais o descrédito de quem ocupa um cargo tão importante.

Uriel Villas Boas

Santos (SP)

A aposentadoria do Lula

 Como dizem alguns amigos, a cada enxadada aparece uma coisa nova nesse terreno de lama que se tornou a política brasileira. Como pode um cidadão de nome Lula, ex-presidente e futuro frequentador da Papuda, ter uma previdência privada de aproximadamente R$ 9 milhões? Somando os salários de quando era torneiro mecânico, e os subsídios de deputado constituinte e de presidente por dois mandatos, com todas as correções monetárias, jamais chegaria à metade do valor que foi bloqueado pelo juiz Sérgio Moro. Enquanto isso, o trabalhador honesto é a cada governo saqueado em sua mísera aposentadoria. E pensar que tem gente que ainda defende esse cidadão, que um dia conquistou uma Nação e, hoje em dia, anda triste por ter traído a confiança e roubado para sempre suas esperanças. Mais como diz o ditado, aqui se faz, aqui se paga. Aguardem.

Ailton Gomes

Ribeirão Pires

Venezuela

 Estão vendo a anarquia na Venezuela, com desabastecimento, fome e mortes impostos pelos seguidores do ditador comunista Nicolás Maduro? É exatamente isso que Lula, Dilma e PT queriam enfiar goela abaixo dos brasileiros, inclusive reforçando-os com a liberação de grande volume dos nossos parcos recursos financeiros, que hoje fazem falta imensa aos nossos hospitais, escolas, Segurança, transporte e até ao combate à seca nordestina. 

Benone Augusto de Paiva

Capital

Fábula

 Como sempre, foi genial a charge do Fernandes publicada à página 2 deste nosso Diário (Opinião, ontem). A historinha retrata bem o que ocorre na realidade. À exemplo da fábula do escritor grego Esopo, quando o aumento dos combustíveis na refinaria é autorizado pelo governo o aumento chega aos postos de combustíveis com a rapidez da lebre. Já quando é para reduzir, a decisão vem a passos de tartaruga.

Edvaldo Vassaz

Santo André




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