Há quase um mês, você leu quase tudo sobre o novo Ford EcoSport, que passa a ser vendido (a partir da segunda quinzena de agosto) com design renovado e novos motores e transmissões. Pois bem, chegou o momento de falar da principal novidade (e única ainda não apresentada), o inédito 1.5 Flex de três cilindros e potência de 137 cavalos – 130 cv com gasolina.

Vendido em mais de 140 países, o precursor dos SUVs no Brasil quer, novamente, ditar tendência e é o único da categoria com motor nessa litragem com três cilindros – de início, virá da Índia, mas a fabricação no Brasil é certa, afirmaram os executivos da marca.

Tomando o lugar do antigo 1.6 quatro cilindros (de 131 cv), suas principais características são o bloco em alumínio, sistema sem tanquinho de partida a frio, coletor de escape integrado (aumenta a temperatura do motor o mais rápido possível, evitando falhas), vela de ignição centralizada (queima mais homogênea e eficiente), e mais leveza, uma vez que tem redução de 10% de volume total. Com tantos predicados, tirou nota A no Inmetro.

Na prática, a condução ficou mais gostosa. Sem contar que o casamento do motor com a também nova transmissão automática de seis velocidades foi proveitoso. Claro que a combinação não é um primor – ainda há falta de fôlego em ocasiões extremas, como ladeiras e retomadas de velocidade –, mas corresponde bem a proposta urbana do utilitário. A Ford não divulga números de aceleração e velocidade máxima.

A suspensão dianteira tem curso maior e os pneus são novos, agora verdes, para ajudar na eficiência energética. E estão lá, desde a versão de entrada, os controles de estabilidade e de tração, o isofix e os sete air bags. Aliás, é o único da categoria com tantas bolsas infláveis espalhadas pela cabine. Ainda em segurança, tem sistema anticapotamento, que mede deriva e rolagem.

Na parte de entretenimento figura o Sync 3, com assistência de emergência, navegação e até modo manobrista (você programa as características do carro à vontade podendo, inclusive, limitar a velocidade e altura do volume do som). Na configuração SE tem tela de 6,5 polegadas, já na FreeStyle são 8”.

CONVENIÊNCIA
A posição alta do banco continua encantando o consumidor do EcoSport. A tela central é nova (ficou bem posicionada e prática) e há mecanismo diferenciado para o rebatimento do banco de trás – o que amplia a área do porta-malas de 356 litros para 1.178l. Na parte de baixo tem compartimento secreto, que aloja 52 litros.

DESIGN
De acordo com Adília Afonso, supervisora de design da Ford América do Sul, “foram necessários 40 meses de desenvolvimento para que o EcoSport chegasse ao público”. Nesse meio-tempo, mais de 50% de suas peças foram trocadas. Porém, a parte traseira do carro permanece inalterada. O estepe vai pendurado na tampa e as lanternas não mudaram o design.

E não dá para acabar a reportagem sem falar nos preços. O Ford EcoSport 2018 custa entre R$ 73.990 (SE, com motor 1.5 e câmbio manual) e R$ 93.990 (Titanium, com bloco 2.0 atrelado à transmissão automática de seis velocidades). Aliás, este ficou mais barato em comparação com a versão anterior, que custava R$ 94,7 mil. Tudo vale para tentar bater Honda HR-V, Jeep Renegade, Nissan Kicks, Hyundai Creta (entre outros) e resgatar a liderança perdida.

O jornalista viajou a convite da Ford