Política Titulo Mauá
Obras seguem ao lado da Gruta Sta.Luzia

Paço diz que casas são irregulares, mas residências continuam em construção no Jardim Adelina

Felipe Siqueira
Especial para o Diário
20/07/2017 | 07:00
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A construção de casas no Jardim Adelina, em Mauá, continua avançando o Parque Ecológico da Gruta Santa Luzia, que possui espécie de árvores da Mata Atlântica, mesmo depois de a Prefeitura informar que a obra é irregular e que o proprietário do terreno foi notificado da ilegalidade.

Na terça-feira, o Diário mostrou que residências são erguidas nas ruas Pocidônio Neves, Izabel Maria Calchi Rodrigues e Leonardo Rodrigues da Silva contrariando as diretrizes do Plano Diretor. A Secretaria de Planejamento declarou, à ocasião, que o proprietário do terreno – que é particular – foi avisado da irregularidade e que o Ministério Público acompanhava o caso.

Ontem, a equipe do Diário retornou ao local e conversou com moradores, que novamente preferiram não se identificar. Eles relataram que a obra continua, mesmo com o governo municipal assegurando a irregularidade da construção.

Localizadas principalmente na Rua Leonardo Rodrigues da Silva, as casas são, nitidamente, recém-construídas, sendo que algumas não possuem nem pintura externa em suas respectivas fachadas.

Em um terreno que sobe em direção à mata, há roupas penduradas em varais, brinquedos de crianças espalhados ao chão e antenas de televisão, indicando que pessoas estão, de fato, morando nas residências não terminadas. Existe por lá, inclusive, uma chácara, que, segundo os moradores do local, também faz parte das construções recentes que invadiram a propriedade particular. No caso da chácara, existe portão, trancado com um cadeado, para que não haja invasões do terreno.

Conforme o Plano Diretor de Mauá, essas ruas do Jardim Adelina estão grafadas como Aeia (Área Especial de Interesse Ambiental). O artigo 39 diz que Aeias são “destinadas à proteção e à recuperação da paisagem e do meio ambiente”. Especialista ouvido pelo Diário alertou que a omissão do poder público pode se caracterizar como crime ambiental. “É área que deve receber o cuidado de preservação preventiva, para que nenhum tipo de ação humana possa prejudicar o parque”, comentou Virgílio Alcides de Farias, advogado especialista em Direito Ambiental.
 




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