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Cidade promove passeio voltado à inclusão e à cidadania na Capital
Bia Moço
Especial para o Diário
20/07/2017 | 07:00
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Emoção e alegria. Apenas com estas duas palavras é possível resumir o sentimento que dominou as 32 pessoas que participaram ontem do primeiro passeio ao Memorial da Inclusão, na Capital, promovido pela Sedef (Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência ou Mobilidade Reduzida) de São Caetano.

“Foi maravilhoso. É muito bom para as crianças ter essa oportunidade de ver o outro lado da deficiência delas, a parte linda. Nunca tinha vivido algo tão bacana. Vejo como salto à população de inclusão o fato de ter um lugar em homenagem a estas pessoas”, afirma Célia Rodrigues, 51 anos, mãe da Vitória, 13, que tem Síndrome de Down.

Na opinião do responsável pela Sedef, Cristiano de Freitas Gomes, visitar o memorial é mais do que um resgate histórico da luta das pessoas com deficiência. “Levar esse grupo para passeios assim também traz um pouco de cidadania, tanto para quem tem alguma deficiência quanto para pais e mães. Orientando, conscientizando e cada vez lutando mais por um mundo inclusivo. Esse é o papel da nossa Secretaria”, comenta.

Para Luiz Edegar Brito França, 9, a falta da inclusão não é um sofrimento no dia a dia, mesmo com as dificuldades em calçadas e estabelecimentos da cidade e o preconceito das pessoas que, segundo ele, olham com sentimento de dó.

Luiz perdeu os movimentos em acidente de carro quando tinha 2 anos. Atualmente, faz parte do balé adaptado, programa oferecido pelo governo e realizado na Escola Municipal de Bailado Laura Thomé. “A cadeira de rodas não me impede de fazer nada, fico muito bravo quando alguém fala ‘coitadinho’. Eu brinco, corro, caio, danço, como todas as pessoas. Sou igual a todo mundo. Se eu fosse falar alguma coisa para crianças que estão na mesma situação eu diria ‘não se importem com o que os outros dizem’”, incentiva o garoto.

Segundo Márcio Bustamante, 35, historiador do memorial, o grande problema envolvendo a deficiência é a falta de atenção a quem precisa. “O Estado tem a obrigação à memória. A gente preza para que o maior número possível de pessoas venha aqui para que um dia a gente não tenha mais que ter isso”, afirma.

“Gostamos muito. Acho que é bom no quesito de ampliar o conhecimento da inclusão. Mostrar para eles (crianças com deficiência) e para todas as outras pessoas da população que a dificuldade de um pode ser a ajuda de outro”, explica a cabeleireira e mãe de Luiz, Camila Lima de Brito, 35.




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