A explicação, de acordo com o economista, é que o governo, apesar do impacto sofrido, conseguiu agir rápido ao ponto de aprovar algumas matérias, entre elas a reforma trabalhista. Será um ano de baixo crescimento, diz ele, mas não será tão ruim como se imaginava nos primeiros momentos depois da deflagração da crise.
A inflação, por exemplo, de acordo com a previsão da Serasa Experian, encerrará o ano em 3% em termos anualizados e a balança comercial deverá fechar com um superávit da ordem de R$ 60 bilhões. "O Brasil continua atraindo investimentos que continuarão financiando o déficit das transações correntes, mantendo o câmbio estável, dando espaço para mais cortes da Selic e as reformas devem continuar", previu Rabi.
Isso não quer dizer que o cenário para aprovação da reforma da Previdência não piorou, destaca o economista. Para ele, as chances de aprovação da reforma previdenciária se reduziram de 80% antes da divulgação das gravações da JBS em 17 de maio para algo como 50% agora. Diante desta dificuldade, Rabi acredita que no cenário mais provável, o governo deverá aumentar a carga tributária para conseguir fechar suas contas.
É neste cenário que contempla aumento de impostos que o economista da Serasa Experian prevê uma taxa menor de crescimento do PIB neste ano, no intervalo de 0% a 0,5%. "A economia vai continuar crescendo, mas a uma taxa baixa por conta do aumento da carga tributária", previu. (
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