Toda comida é fonte de nutrientes (produtos importantes para que nosso corpo cresça e funcione bem) e também gera prazer. Alimentos mais doces e com açúcares – e não estamos falando só daquele que é branquinho, mas o mais complexo que tem dentro de itens como arroz, massas e batatas – têm sabor mais fácil de ser reconhecido e possuem energia. A verdade é que nada pode ser comido em excesso, porque, aí sim, fará mal à saúde. Açúcar demais, por exemplo, pode levar a problemas como acúmulo de peso, cáries dentárias e pressão alta. O consumo equilibrado permite que possamos comer de maneira prazerosa, crescendo e ficando fortes, além de prevenir doenças. Atividade física, descanso (sono) e equilíbrio são essenciais para tudo isto. O mesmo vale para sal, gorduras e comidas industrializadas.
O que acontece no nosso corpo é que, muitas vezes, temos vontade de repetir o prato de alimentos que gostamos mais. O controle entre a sensação de fome e a de que não precisamos mais comer vem do cérebro e de receptores no estômago e intestino, que avisam quando o organismo não precisa mais de comida. A falta de autocomando pode indicar problemas como ansiedade e outras situações emocionais, mas também é relacionado com a genética de cada pessoa e como seu organismo funciona.
Alimentos ricos em fibras, caso das frutas, são importantes para o intestino e para o coração. Também são bons para aumentar a sensação de plenitude (saciedade) quando se mata a fome.
PALADAR - Ninguém é obrigado a gostar de todos os sabores. Por isso, cada alimento pode ser substituído por outro de um mesmo grupo. Quem não gosta de leite, por exemplo, pode comer queijos, iogurtes e outros derivados lácteos no lugar. O ser humano tem a vantagem de poder utilizar nutrientes de diferentes fontes (produtos animais e vegetais), uma vez que a mesma situação não ocorre com outras espécies, que só podem comer um único alimento. Imagine comer somente gramas ou árvores como as girafas.
A forma de se preparar os pratos também influencia no desenvolvimento dos sabores. Um ovo cozido é muito diferente de um omelete, assim como peixe assado não tem o mesmo gosto daquele consumido cru em restaurantes japoneses. O uso de temperos (cebola, alho, salsinha, pimenta, entre outros) é outro fator que mexe com o paladar.
Pergunta de Larissa Teixeira Macedo, 11 anos, de São Bernardo, acredita que comer muita massa, como macarrão, lasanha e pizza, não seja bom. “Minha mãe sempre fala para não exagerar, porque essas comidas são ‘pesadas’. Refrigerantes e doces ficam mais para os fins de semana.”
Consultoria de Mauro Fisberg, médico pediatra, nutrólogo e coordenador do Centro de Nutrologia e Dificuldades Alimentares do Sabará Hospital Infantil, de São Paulo.
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