Política Titulo Repercussão
Prefeitos da região elogiam decisão de Moro

Deputados petistas do Grande ABC falam em parcialidade e perseguição contra o ex-presidente

Humberto Domiciano
Do Diário do Grande ABC
13/07/2017 | 07:22
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A condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi elogiada por prefeitos tucanos do Grande ABC. Para Orlando Morando (PSDB), de São Bernardo, a decisão do juiz Sérgio Moro equilibra o peso das condenações no meio político. “Devolve esperança ao povo brasileiro e trabalhador de que ninguém está acima da lei, nem políticos e banqueiros. O presidente mais popular da história moderna passou a ser o primeiro condenado por corrupção”, destacou.

Já o prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), afirmou que a condenação está dentro do conceito do Estado democrático de Direito. “A decisão fortalece minha credulidade na Justiça e na independência dos poderes. A impunidade, independente de partido ou de ideologias, não pode vencer a esperança de dias melhores, principalmente após o desastre ético, econômico e social que o PT trouxe ao Brasil”, pontuou.

Na opinião do prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (PSDB), a decisão judicial que prevê pena de nove anos e meio de prisão contra Lula atinge a classe política como um todo. “Respeito a Justiça e seus trâmites. Mas vejo com tristeza toda essa situação. Quem mais sofre é o povo, o verdadeiro condenado nessa situação.”

Na visão do deputado federal Alex Manente (PPS), o processo contra o petista teve desfecho esperado. “Era algo aguardado pela população e mostra punibilidade para os atores políticos independentemente do peso. É um novo momento político do País.”

PETISTAS
Por outro lado, o deputado federal Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT), criticou a sentença contra o ex-presidente. “A condenação é uma ação midiática para encobrir o grande crime cometido com a reforma trabalhista. É uma decisão sem provas, que não terá futuro e não deve prosperar na segunda instância.”

O deputado estadual Luiz Turco (PT) criticou a parcialidade da decisão. “Vejo que são dois pesos e duas medidas. Não há provas materiais contra Lula, enquanto contra Aécio (Neves, senador do PSDB) e (Michel) Temer (presidente da República) pegam mala com dinheiro, o chamado batom na cueca”.

Na opinião da deputada Ana do Carmo (PT), a situação atual causa preocupação. “Lula foi condenado sem que fosse comprovado crime, com sentença baseada em delações. É período preocupante.”

O deputado Luiz Fernando Teixeira (PT) viu interesses políticos por trás da decisão. “Arbitrária essa condenação. Esse juiz condenou Lula com o interesse, lógico, de impedir que ele concorra à Presidência, pois ele ganha.”

“É uma condenação absurda, que serve apenas para que Lula não volte à Presidência da República”, disse o ex-prefeito Carlos Grana (PT), de Santo André. O ex-prefeito de São Bernardo Luiz Marinho (PT) foi outro a criticar Moro. “Esse processo deixa a arena da ficção dos roteiros de longa-metragens e busca o leito do devido processo legal, onde a verdade e as provas prevalecerão.”
Ex-prefeito de Diadema, Gilson Menezes (PDT) lamentou. “É terrível. É triste. Fui prefeito por dez anos de Diadema e nunca ninguém disse um ‘A’ que eu subtraí um centavo. Não queria estar na pele dele, que fez tanta coisa para o Brasil.”

Um dos fundadores do PT, Djalma Bom acredita que há conluio contra uma possível candidatura do petista em 2018. “Conheço Lula há 41 anos e continuo acreditando na inocência do companheiro. Não existem evidências que provam que ele é culpado.” (Colaboraram Fábio Martins, Júnior Carvalho, Daniel Tossato, Caroline Garcia e Marília Montich) 




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