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Importado mantém ritmo forte de venda
Wagner Oliveira
Do Diário do Grande ABC
19/03/2011 | 07:30
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O ritmo de vendas de veículos importados cresce vertiginosamente. No primeiro bimestre, foram comercializadas 21.465 unidades - alta de 108,5% em relação às 10.294 registradas no mesmo período de 2010.

Vice-presidente da Abeiva (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores), Paulo Sérgio Kakinoff, presidente da Audi, disse que o crescimento dos importados é um "alinhamento do País aos 20 maiores mercados mundiais, que contam com pelo menos 1/4 de suas vendas com veículos produzidos por outros países."

"O que está acontecendo no Brasil, com a maior participação de importados, não é nenhum fenômeno isolado", afirmou Kakinoff. "É apenas uma adequação do que já é realidade no mercado mundial."

Apesar disso, a Abeiva faz questão de deixar claro que suas 30 afiliadas detêm apenas 4,39% das vendas registradas no primeiro bimestre. Já os veículos importados pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) contabilizaram no mesmo período 97.213 unidades, - 19,89% dos importados no período.

Com o mercado aquecido para os veículos importados, marcas pertencentes à Abeiva ainda encontram dificuldade em atender à demanda em razão da logística para a chegada de produtos ao Brasil.

As marcas asiáticas, principalmente as chinesas, ganham desempenho cada vez maior entre os afiliados por contarem com portfólio cujo preço está mais acessível ao consumidor brasileiro. Entre janeiro e dezembro de 2010, as marcas chinesas foram responsáveis por 16,2% das vendas da Abeiva. No primeiro bimestre de 2011, elas já somam 23% de participação.

A Kia Motors continua como a marca líder em vendas da Abeiva, ao comercializar, apenas em fevereiro, 5.975 unidades - o que representa 50,24% entre os veículos vendidos pelos associados.

Depois da Kia, aparece em segundo lugar a Chery, que apenas em fevereiro comercializou 882 unidades. A Hafei Motor ficou na terceira colocação (615 unidades emplacadas), equanto a Effa Haffei (567), está na quinta posição, logo atrás da BMW (589).

Apesar dos números promissores, a Abeiva ainda mantém posição conservadora ao projetar vendas de 165 mil unidades neste ano - crescimento de 60% em relação a 2012, pois fatores como a restrição ao crédito podem gerar impactos nos próximos meses.

O presidente da Abeiva, José Luiz Gandini, ainda prefere adotar posição mais cautelosa em razão da dinâmica do mercado. "Feitas as contas, não atingimos no primeiro bimestre a média de 13,7 mil unidades mensais, que precisaríamos para atingir as 165 mil unidades em 2011", disse. "A partir de março, porém, acreditamos em volumes maiores." 

Chinesa Effa tem recorde e já é terceira colocada

Com a venda de comerciais leves e automóveis, o Grupo Effa, representante no Brasil das marcas chinesas Effa e Lifan, obteve recorde de vendas em fevereiro. Com 1.580 unidades emplacadas, registrou alta de 28,8% em relação aos 1.226 veículos faturados em janeiro. Com 2.806 veículos no bimestre, já é terceira maior marca em vendas da Abeiva.

"O volume ainda é pequeno, mas mostra que estamos no caminho certo ao conquistar, cada vez mais, a confiança do consumidor brasileiro", afirmou Clairto Acciarto, diretor comercial do Grupo Effa.

Levantamento realizado pela Abeiva (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores) mostra que a rede de distribuição de suas afiliadas está concentrada no Sudeste, onde tem 299 pontos de venda. O dado revela potencial de crescimento.

O Norte, com 26 lojas, tem a menor representatividade. O Centro-Oeste conta com 50 pontos, seguido do Nordeste, com 102, e Sul, com 110. Ao todo, são 587 revendas.




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