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Setor de tecnologia da informação rejeita aumento de 5,9%
da Redação
Do Diário do Grande ABC
16/01/2011 | 07:10
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A negociação do reajuste salarial para os trabalhadores do segmento de TI (Tecnologia da Informação) começou com proposta de apenas 5,9% do sindicato patronal, valor que foi imediatamente descartado pelo Sindpd (Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados e Tecnologia da Informação). O índice fica muito abaixo dos 13,4% pedidos pela categoria e é menor do que a inflação do período que ficou em 6,4% segundo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).

A primeira rodada de negociação foi considerada frustrante pela Comissão de Negociação do Sindpd.

"Nós tratamos essa negociação com seriedade e este índice está muito abaixo da expectativa dos trabalhadores de TI. O Brasil teve ano de grande crescimento econômico e o setor de Tecnologia da Informação teve rendimentos ainda maiores crescendo mais de 10%.

O patronato não deveria ser intransigente e duro com os trabalhadores quando o índice de 13,4% que pedimos é a reposição da inflação somada à variação do PIB (Produto Interno Bruto) do ano passado ", afirma Antonio Neto, presidente do Sindpd e da CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil).

A primeira rodada de negociação manteve a data base para 1º de janeiro, assim é assegurado que todas as cláusulas sem alteração permaneçam iguais e valendo, como a redução de jornada de trabalho para 40 horas semanais entre outras.

Além do parecer desfavorável ao aumento dos salários dos trabalhadores de TI, o sindicato patronal recusou a inclusão de PLR de 80% do salário mais parcela fixa de 200 reais, pagamento de auxílio-refeição, aumento do valor da hora-extra e adicional noturno. Foi negada também a inclusão de novos pisos como o de programadores, analistas de sistemas e administradores de bancos de dados.

"Sabemos que este é só o começo das negociações, mas a postura do sindicato patronal chega a ser desrespeitosa. Nós apelamos ao bom senso do patronato e esperamos que nossas propostas sejam reavaliadas, pois aumentaremos a pressão para assegurarmos o direito dos trabalhadores", reforça Neto.

Para contra-argumentar, o sindicatp patronal tentou justificar o baixo índice proposto para o reajuste salarial pela dificuldade das empresas na adequação da jornada de trabalho de 40 horas semanais, o que teria elevado os custos das empresas em 10% no período. A próxima reunião entre sindicato e patronal acontece quarta-feira.




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