Presidentes de escolas de samba, que apoiaram Crivella na eleição passada, fazem críticas ao prefeito e ameaçam até boicotar o próximo carnaval. Eles argumentam que o investimento no carnaval traz retorno econômico para o município. Segundo a própria prefeitura, o carnaval de 2017 atraiu 1,1 milhão de turistas ao Rio e movimentou R$ 3 bilhões.
"O que estamos fazendo é refletir como gastar melhor. Se vamos usar esses recursos para uma festa de três dias ou ao longo de 365 dias ao ano", afirmou Crivella nesta segunda-feira. O prefeito é bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, que condena o carnaval, e já foi alvo de críticas quando deixou de comparecer à cerimônia de entrega da chave da cidade ao Rei Momo, na sexta-feira anterior ao início da festa.
O presidente da Liga das Escolas de Samba do Rio (Liesa), Jorge Castanheira, afirmou que a redução no valor da subvenção vai se refletir na queda da qualidade dos desfiles, mas evitou criticar o prefeito. "Ainda não conversei com os presidentes das escolas. O prefeito iria nos receber nesta segunda-feira, mas precisou adiar essa reunião. Aguardamos a nova data da reunião para debatermos com ele a situação", afirmou.
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