Durante apresentação dos resultados da indústria automobilística em maio, o titular da entidade que representa as montadoras avaliou que o agravamento da crise política traz incertezas, o que adia investimentos e, como consequência, a retomada do emprego.
Megale evitou fazer comentários sobre qual seria o melhor desfecho do processo - que pode culminar na cassação do presidente Temer -, mas disse que, independentemente do resultado do julgamento, a ser retomado nesta terça, o importante é que quem estiver no poder esteja comprometido com as reformas.
Durante entrevista coletiva, Megale voltou a manifestar apoio às reformas trabalhista, para trazer segurança jurídica às empresas, e previdenciária, para reequilibrar as contas públicas.
Com os embarques de veículos brasileiros mostrando alta de 61,8% no período de janeiro a maio, chegando a 307,6 mil unidades, a direção da Anfavea acredita que as exportações vão claramente superar os 558 mil veículos previstos para este ano, o que deve levar a um número também melhor da produção, prevista, por enquanto, em 2,41 milhões de unidades.
Megale disse, porém, que a Anfavea vai aguardar os acontecimentos das próximas duas semanas na política. "Parece precipitado mudar agora", disse o executivo, acrescentando que a associação está à espera de uma maior definição no cenário político.
A ideia é revisar as previsões nos próximos dois meses e não voltar a fazer alterações até o fim do ano. "A depender do quadro político, podemos ficar mais otimistas ou menos otimistas", afirmou Megale.
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