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Palavra do leitor
Do Diário do Grande ABC
04/06/2017 | 10:46
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Vivemos tempos difíceis. Tempos passionais, onde a intolerância impera. Onde ‘ter razão’ simplesmente naquilo em que se acredita é mais importante do que escutar o que o outro tem a dizer, demonstrar e acrescentar àquilo que conhecemos. Operários trabalham diferentemente. Muitos se valem de aparelhos tecnológicos para desenvolver as atividades, veja-se o Byod (Bring Your Own Device – em inglês, traga seu próprio dispositivo), que, por meio de política adotada por empresas, ‘dá’ aos empregados oportunidade de utilizar seus próprios laptops, tablets e smartphones para acessar dados e informações da companhia no local de trabalho ou fora dele. Serviços são prestados na própria casa do trabalhador ou em outro local de melhor conveniência, sem que isso faça qualquer diferença no desenvolvimento da prestação realizada.
Vivemos tempos em que se exige restauração, não necessariamente reformas. Tempos para restauro, em que a intervenção modificativa se faz respeitando bem histórico, visando manter identidade, aspectos característicos de autenticidade, com o máximo possível de sua identidade original. Tempos em que o trabalho de restauro é necessário para restabelecer o mais próximo possível a obra original. Tempos para restauro, onde restaurar significa reanimar, revigorar, reconquistar. Que assim seja feito, com o material jurídico já existente. Que se renovem entendimentos, interpretações e definições. Restaure-se o edifício jurídico-trabalhista, modernizando-o, preservando-se, contudo, sua estética, mantendo idêntica a original, assegurando o valor histórico.
Tudo isso é possível. Basta vontade, bom-senso e justeza nas relações. Quando se fala da prevalência do negociado sobre o legislado, há de se ter em mente que negociar significa perfazer negócio jurídico fincado em concessões recíprocas e equivalentes e não em renúncia de direitos. De mais a mais, tem-se de ter presente que o sindicato não negocia direito que é seu, mas, sim, de terceiro (coletividade) e que, por determinação constitucional ele tem dever de defender interesses individuais e coletivos dos integrantes da coletividade. Tempos interessantes exigem comportamentos e compromissos também interessantes, em que nos possibilitem enxergar atitudes concretas e restaurativas revigorantes, que nos afastem de afoitas e rápidas reformas que acabam por manter perversas fidelidades, e nos façam refletir e respeitar um ao outro, com lealdade e atenção aos compromissos firmados. Não com atitudes de ‘torcida’, onde o ímpeto individual e narcisista fala mais alto do que o sentido obrigacional de preservação social, mas com maturidade intelectual, social e, sobretudo, profissional.

Antonio Carlos Aguiar é advogado, mestre e doutor em Direito e diretor do Instituto Mundo do Trabalho.  

Palvra do Leitor

Leniência

 O Grupo J&F (holding da JBS) e o Ministério Público chegaram a acerto sobre as bases do acordo de leniência que prevê o pagamento de R$ 10,3 bilhões a título de multa. Desse total, R$ 8 bilhões serão destinados a Funcef, Petros, BNDES, União, FGTS e CEF. O restante da multa, R$ 2,3 bilhões, será pago por meio de projetos sociais. Diante do fato alegado pelo governo de que a Previdência Social está com rombo imenso, não seria de bom-tom exigir, além da multa, também a quitação dos débitos da empresa com ao instituto? Mas parece que novamente o prejuízo vai recair somente no lombo do trabalhador.

Vanderlei A. Retondo

Santo André

  

Vergonha

 Que vergonha para São Caetano aparecer em reportagem de TV por causa de problemas em licitação! A cidade, que se diz de primeiro mundo, não disponibilizou aos alunos neste ano nem uniformes nem material escolar. Fernando Zucatelli

 São Caetano

Inúteis

 Parodiando a música dos anos 1980 do Paralamas do Sucesso, ‘a gente não sabemos/escolher presidente/a gente não sabemos/tomar conta da gente/a gente não sabemos/nem escovar os dente/tem gringo pensando/que nóis é indigente! Bastante atual, não é mesmo?

Edson Rodrigues

Santo André

Aprendamos 

 Inúmeros depoimentos demonstram cabalmente que ‘a alma mais honesta que existe’ – como o petista se autoproclamava – recebeu propina em dinheiro vivo, maquinou esquemas de desvios e de corrupção a torto e a direito e não se furtou de aproveitar as benesses do cargo para locupletar a família – filhos, irmãos & cia. O odor putrefato das negociatas exala para cada lado. Todos se lambuzaram no melado nojento do caixa dois, das conveniências financeiras de venda, compra e troca de favores, nos mensalões, petrolões, em contubérnio onde o menos desonesto não passaria incólume em listas, mesmo preliminares, de transgressão e afrontas à lei. E quem perdeu foi cada um de nós, que devemos aprender, da maneira mais dolorosa, com essa experiência, para nunca mais repeti-la.

Francisco Emídio Carneiro

São Bernardo

Faça caridade 

 Por favor, prefeito Orlando Morando, pare de fazer demagogia a respeito do seu salário. Existem outras maneiras de aparecer. Já que não quer receber o que acha excedente, doe a quantia para caridade até que seja tornada oficial sua vontade. Aliás, deveria tê-lo feito desde que tomou posse.

Nelson Mendes

 São Bernardo

Perdeu mais um 

 Compartilho aqui da reclamação na carta do leitor Rubens Guitzel (Carrefour, dia 31), sobre a promoção desse supermercado. Comigo aconteceu a mesma coisa, sem alterar o conteúdo, sendo que meu caso foi na unidade da Avenida Pereira Barreto. Mais. Liguei no número da central e disseram-me que foi passada mensagem para mim e que foi recebida. Só que quem atende meu telefone sou eu! Como não ía ver a mensagem se eu estava só aguardando o prazo que me deram para pegar o produto? A resposta foi que o prazo já havia esgotado e que o mercado não podia fazer nada. Perguntei, então, para que me pediram o número do telefone fixo, celular, CPF, endereço se não serviram para nada. Isso, para mim, é propaganda enganosa. Que fique bem claro para o Carrefour que não existe só ele de supermercado na região e que está perdendo mais um cliente. 

José Alfeu Pagoto

 Santo André




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