Familiares, amigos e colegas de escola de Anderson estiveram presentes ao velório e ainda estavam inconformados com a morte violenta do menino. Alguns alunos da escola particular Vinícius de Moraes, onde Anderson estudava, fizeram uma pequena homenagem ao garoto indo ao enterro vestidos com o uniforme da escola.
A família preferiu que a imprensa não acompanhasse o velório e o enterro de perto, mas algumas pessoas que conversaram com a reportagem do Diário se mostraram perplexas com a violência na região. “Isso é o fim do mundo” e “Alguma coisa precisa ser feita para nos dar mais segurança” eram algumas das frases ditas pelas pessoas no cemitério.
De acordo com o pai de um dos colegas de escola de Anderson, que não quis ser identificado, Valmi vivia para os filhos, pois havia acabado de se aposentar e estava se dedicando exclusivamente às suas crianças. “A vida dele (Valmi) era os filhos dele, principalmente o Anderson. Ele acordava cedo e levava o filho para a escola todos os dias”, lembrou o amigo.
Investigação – Três pessoas foram detidas na tarde de sexta por investigadores do 1º Distrito Policial de Mauá como suspeitos de envolvimento no crime. Mas, durante a apuração dos fatos, descobriu-se que elas não tinham ligação com a morte do garoto.
O pai de Anderson foi chamado pelo delegado de plantão da delegacia José Geraldo Santos de Lima para tentar fazer o reconhecimento dos três suspeitos presos, o que não ocorreu.
A polícia quer encontrar José Rodrigues Vieira, dono da Quantum preta placa JLG-3793, – abandonada no local do crime – que teria sido roubada pelo atirador, um motociclista que ocupava uma moto de grande porte. O motociclista teria corrido atrás de José atirando com um revólver, que culminou na morte de Anderson.
José chegou a dar queixa de roubo à Polícia Militar, mas desapareceu quando procurado pela investigação, que ainda não tem pistas sobre o assassino.
Casos como o do garoto Anderson estão virando uma triste rotina nas ruas do Grande ABC. Nos últimos cinco meses, a polícia registrou outros três casos de morte de crianças ou adolescentes atingidos por balas perdidas. O caso mais recente foi o do estudante Fernando Árabe Gravatin, 16 anos, morto na avenida Kennedy, bairro Assunção, em São Bernardo, durante discussão entre motoqueiros próximo a um bar.
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