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Elite do futebol europeu é avaliada em cerca de R$ 110 bilhões
31/05/2017 | 09:20
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Não existe crise no futebol europeu. Dados publicados nesta quarta-feira pela empresa KPMG indicam que os maiores times do Velho Continente tiveram um aumento de seu valor de 3 bilhões de euros (aproximadamente R$ 11 bilhões) apenas em um ano, atingindo um total de 30 bilhões de euros, cerca de R$ 110 bilhões.

Impulsionados pela assinatura de acordos de transmissão com valores sem precedentes, os 32 maiores times da Europa viram suas receitas aumentarem 14% em 2016, em comparação com 2015.

Na liderança do ranking aparece mais uma vez o Manchester United, o primeiro clube avaliado em mais de 3 bilhões de euros (mais de R$ 11 bilhões). O valor é superior a toda a renda dos 20 clubes brasileiros na temporada de 2016.

Não é apenas o atual campeão de Liga Europa que registra ganhos entre os ingleses. Segundo a KPMG, dos dez times mais ricos do mundo, seis são britânicos. E isso sem incluir o acordo fechado para o período entre 2017 e 2020 sobre transmissões do Campeonato Inglês.

Se a TV tem sido central para a explosão de renda, a empresa autora do estudo aponta que outro fator importante foi o estabelecimento de regras financeiras pela Uefa, criando uma certa estabilidade no mundo do futebol, com gastos mais sustentáveis. Pelas leis, um clube apenas gastar o que arrecada, levando muitos deles a se transformarem em empresas e administrados de forma profissional.

No ranking, a segunda e terceira posição são ocupadas pelo Real Madrid e Barcelona. O Bayern de Munique vem na quarta posição, seguido pelo Manchester City, que superou o Arsenal. A lista dos dez mais ricos é completada pelo Chelsea, Liverpool, Juventus e Tottenham.

Para a KPMG, não existem dúvidas de que os valores dos clubes europeus vão continuar a se expandir até o final da década. Em países como Turquia, França, Itália e Alemanha, novos acordos de TV foram assinados, garantindo uma renda ainda superior.

Na Espanha, a Telefónica destinou 600 milhões de euros (R$ 2,1 bilhões) para transmitir todos os jogos da Liga. Os clubes ainda ganharão mais 400 milhões de euros (R$ 1,4 bilhão) pela transmissão ao exterior. Na Alemanha, os contratos tiveram um aumento de 85%, com 4,6 bilhões de euros (R$ 16,8 bilhões) sendo pagos pelos próximos quatro anos.

"O valor agregado do futebol de elite na Europa sugere que a indústria, como um todo, tem crescimento", disse Andrea Sartori, um dos autores do estudo.




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