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Morre membro de grupo armado que ocupa delegacia no Peru
Da AFP
03/01/2005 | 20:54
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Um integrante do grupo armado que ocupa uma delegacia com dez reféns na região sul-andina do Peru (400 quilômetros ao sudeste de Lima) morreu nesta segunda-feira em confronto com a polícia, informou o líder dos rebeldes, Antauro Humala.

Outros quatro ocupantes ficaram feridos, um deles em estado grave, e estão atualmente internados no hospital regional.

Segundo Humala, o integrante de seu grupo armado foi atingido pelo disparo de um franco-atirador do exército, no momento em que o líder dos rebeldes retornava para a delegacia, após rápido diálogo com o general Félix Murazzo, diretor da Polícia Nacional.

Com esta nova vítima fatal, já são cinco os mortos desde o início da invasão da delegacia, que ocorreu na noite do Ano Novo e foi realizada por um comando do Movimento Etnocacerista, liderado por Humala, que exige a renúncia do presidente peruano, Alejandro Toledo, antes de entregar as armas.

No domingo, quatro policiais morreram em uma emboscada realizada por um grupo armado perto de uma ponte de Andahuaylas, de acordo com informações do ministério do Interior. O balanço incluiu 14 feridos até o momento.

As negociações para o fim do conflito foram retomadas por uma representante da Defensoria do Povo e um padre católico.

Um comunicado do ministério do Interior divulgado mais cedo informou que forças combinadas do exército e da Polícia "procederão para restabelecer a ordem pública e capturar os responsáveis pelas ações de violência".

O governo peruano declarou toque de recolher em Andahuaylas, a partir de 18h (21h de Brasília) por um prazo de 12 horas, com o objetivo de recuperar a delegacia tomada pelo grupo ultranacionalistas, anunciou uma autoridade policial.

Nesta segunda-feira, a polícia lançou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar dezenas de simpatizantes dos etnocaceristas que tentaram invadir a principal praça da cidade.

O Movimento Etnocacerista exige a renúncia do presidente Alejandro Toledo, acusado de corrupção e de não cumprimento de suas promessas.




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