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Sto.André começa a quitar passivos com fornecedores

Prefeitura renegociou dívidas com 700 empresas; havia parcelas em aberto desde 2014

Humberto Domiciano
Do Diário do Grande ABC
26/05/2017 | 07:00
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A Prefeitura de Santo André anunciou ontem que iniciou o pagamento atrasado a fornecedores do Paço e que, no dia inaugural, depositou R$ 1,3 milhão em dívidas após renegociações.

De acordo com a gestão do prefeito Paulo Serra (PSDB), 742 empresas que possuíam débitos a receber do município – algumas com parcelas em aberto ainda de 2014. Desse total, 712 companhias aceitaram renegociar os passivos.

A administração desenhou faixas de valores, que variam de R$ 30 mil ao teto de R$ 15 milhões de dívidas, estabelecendo critérios como percentual de desconto e número de parcelas para acertar o recebimento.

“É um passo importante, pois voltamos a pagar em dia e isso cria um clima favorável para cobrarmos serviços de qualidade. Conseguimos iniciar os pagamentos, ainda que parcelados, e alguns já estavam até com mais de dois anos de atraso”, destacou o chefe do Executivo.

Conforme a Prefeitura, entre os fornecedores que aguardavam pagamento por serviços prestados havia oito sem pagamentos desde 2014, 213 desde 2015 e 521 desde 2016.

O processo de pagamento teve início neste mês e poderá se estender até dezembro de 2020, de acordo com valores de cada fornecedor. O decreto estabeleceu o limite de 36 parcelas para o programa.

A maior parte das empresas que começaram a receber é formada por empreiteiras das Pastas de Educação e Obras que executavam construções e manutenções, além de fornecedoras de medicamentos na área da Saúde.

Paulo Serra afirmou ainda que na renegociação está inserida a tentativa de reduzir o total de dívidas de curto prazo, que somava R$ 312 milhões, e foi herdado da gestão do ex-prefeito Carlos Grana (PT). “Adotamos medidas como a diminuição de cargos comissionados, o corte de celulares, a devolução de carros oficiais e o cancelamento do Carnaval que ajudaram bastante neste processo”, pontuou. A Prefeitura informou que 30 empresas não entraram em acordo ou não retornaram o convite da administração.

A gestão tucana comunicou também que pretende reduzir a utilização de prédios alugados. No início da atual gestão, o Executivo alugava 54 imóveis para serviços em diversas áreas no valor total de R$ 700 mil por mês. Hoje, a Prefeitura aluga 46 imóveis, no valor total de R$ 535 mil por mês, redução que representa economia de quase R$ 2 milhões por ano.

Uma das análises feitas é devolver até o fim do semestre o prédio alugado que abriga as Pastas de Mobilidade Urbana, Educação e Manutenção e Serviços Urbanos. A intenção do Paço andreense é utilizar o espaço que era ocupado pela indústria química Rhodia Têxtil, no bairro Bangu, e abrigar no local setores da Prefeitura. 




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