A taxa mais elevada do primeiro trimestre foi verificada na Bahia, onde alcançou 18,6%. No entanto, houve forte deterioração também em estados de peso na pesquisa, como São Paulo (14,2%) e Rio de Janeiro (14,5%).
"No Rio, isso pode ser resultado da finalização das obras que ocorreram para Olimpíada, e o Estado está passando por uma situação complicada", lembrou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do referindo-se à crise fiscal. "A gente não pode ser ingênuo de acreditar que ia acontecer tudo o que está acontecendo no Rio e não ia ter reflexo no mercado de trabalho", completou. A taxa de desemprego no Rio de Janeiro teve um aumento de 45% em relação ao primeiro trimestre de 2016. Em São Paulo, o avanço foi de 18,3%.
A população ocupada encolheu em todas as grandes regiões no período de um ano, enquanto o total de desempregados cresceu. O nível da ocupação - que representa a proporção de empregados em relação à população em idade de trabalhar - foi estimado em 53,1% no primeiro trimestre de 2017 para o Brasil, queda 1,7 ponto porcentual frente ao primeiro trimestre de 2016.
O nível de ocupação recuou ao menor patamar da série histórica tanto para os homens (63,2%) quanto para as mulheres (43,8%). "Se o nível de ocupação cai e o desemprego está aumentando, é porque tem gente perdendo emprego mas querendo trabalhar. Essa redução no nível da ocupação é nociva, porque é acompanhada do aumento na desocupação", apontou Azeredo.
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