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Processado, Rato sugere feira de cavalo

Vereador cita fomento ao turismo; ele responde a ação movida pelo seu pai por venda de éguas

Felipe Siqueira
Especial para o Diário
12/05/2017 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Depois de ter sido processado pelo próprio pai, Aarão Teixeira, ex-prefeito de Rio Grande da Serra, por vender duas éguas e um filhote, de posse de Aarão, sem autorização, o vereador Rato Teixeira (PTB), de Ribeirão Pires, encaminhou requerimento ao Executivo, comandado por seu tio, Adler Kiko Teixeira (PSB), que solicita realização de estudos para criação de evento denominado Feira do Cavalo. Para o petebista, a atividade teria muita utilidade turística para Ribeirão Pires.

O evento consistiria em realização de competições anuais de provas equestres. Para Rato, Ribeirão Pires tem “tradição em cavalgadas, bem como no trato de animais equinos”. Além disso, conta com retorno turístico para a estância. “Seria mais uma atração para o município”, como consta na justificativa do requerimento.

Rato foi condenado em processo movido pelo seu pai, depois de ter tomado conta de dois animais de propriedade de Aarão e ter dito que ambos haviam morrido. Após um tempo, o ex-prefeito de Rio Grande descobriu que isso não era verdade. Segundo os autos do processo, Rato vendeu duas éguas, ambas com valor de R$ 25 mil, além de um filhote, que, à época, estava sob gestação. A cria tem valor de R$ 60 mil. Por um tempo, o vereador de Ribeirão Pires até conseguiu manter a versão de que ambas haviam morrido, e chegou até a mostrar o local em que estavam enterradas.

Na condenação, Rato deve pagar indenização ao pai sobre estas cifras, além de quantia por danos morais, que, em valores atualizados, já somam mais de R$ 200 mil. O processo, por enquanto, aguarda o pagamento do réu, Rato Teixeira, que, por decisão judicial, teve parte de seus bens bloqueada pela Justiça, para o pagamento da dívida.

Rato Teixeira em momento algum das investigações apresentou advogado para defendê-lo. Por conta disso, os fatos foram tidos como verdade.

O requerimento entregue à mesa diretora da Câmara de Ribeirão Pires, de autoria de Rato, ainda frisa que, se for criada a Feira do Cavalo, não será realizado nenhum tipo de mau-trato aos animais que participarem das eventuais competições. Porém, o documento não especifica quais serão exatamente as competições que devem ser realizadas com essa medida.

Nenhum vereador se opôs ao requerimento apresentado pelo vereador Rato. Como protocolo interno, o prazo para retorno de resposta é de, geralmente, 15 dias. O parlamentar não comentou oficialmente a proposta sugerida ao governo do tio. 




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