Em entrevista à rede de TV americana NBC News, Trump afirmou que, em uma conversa com o ex-diretor do FBI, Comey havia dito que o presidente não estava sendo investigado no caso de uma possível interferência da Rússia nas eleições presidenciais americanas do ano passado. "Eu sei que eu não estou sob investigação. Eu perguntei a ele e ele disse que 'não'", afirmou.
O republicano se disse um grande fã do FBI, mas chamou Comey de "pavão" e disse que o ex-diretor da Polícia Federal dos EUA gostava de aparecer. "O FBI estava uma bagunça. Todos sabem disso. Um ano atrás, o FBI estava um caos e não se recuperou deste então."
Ainda em relação ao caso envolvendo a Rússia, Trump disse que apoia uma investigação completa sobre a possível interferência de Moscou, ao afirmar que ele quer que a investigação seja feita "totalmente correta". O presidente disse que nunca pediu que Comey abandonasse a investigação sobre o caso e comentou que deseja que todo o caso seja acelerado no FBI.
"Quero descobrir se houve um problema com a eleição que tenha relação com a Rússia ou com qualquer outro país. Quero chegar ao fundo disso. Se a Rússia fez alguma coisa, eu quero saber", disse à NBC News. No entanto, o republicano defendeu o seu governo, ao afirmar que "não existe um conluio entre mim, minha campanha e os russos". Para Trump, esse caso é uma "história inventada", uma "desculpa" dos democratas, que perderam a eleição presidencial.
"Se a Rússia está tentando interferir nas nossas eleições é uma coisa horrível", disse o republicano. No entanto, ele ponderou que, apesar de uma possível ação de Moscou ser considerada, os russos não afetaram a votação, ressaltando que ele teria vencido de qualquer forma.
Outro assunto comentado pelo presidente foi o pedido de demissão de Michael Flynn, ex-conselheiro de Segurança Nacional de seu governo. Trump afirmou desconhecer que Flynn recebia pagamentos de instituições russas, mas ironizou o ex-presidente Barack Obama, ao dizer que "talvez Obama soubesse". Na segunda-feira, o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, confirmou que Obama havia alertado Trump contra a contratação de Flynn durante um encontro entre os dois no Salão Oval da Casa Branca.
Questionado sobre se falava com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, Trump disse que conversava bastante com outros líderes estrangeiros, o que incluía Putin. O presidente americano confirmou que avisou a Putin que se reuniria com Sergey Lavrov, ministro de Relações Exteriores do país - o que aconteceu na quarta-feira. Trump também confirmou que irá ver Putin durante a reunião do G-20, em julho, na Alemanha.
Durante a entrevista, a questão do Afeganistão também foi trazida à mesa. Questionado sobre a guerra no país, que alguns funcionários do governo desejam expandir, Trump mudou de assunto e falou sobre a luta contra o grupo terrorista Estado Islâmico. "Estamos fazendo progressos incríveis contra o EI e, na próxima semana, [o secretário de Defesa] James Mattis e meus generais darão uma grande coletiva de imprensa para informar as pessoas e o mundo sobre o quão bem estamos indo contra o EI", disse o presidente dos EUA.
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