O primeiro levantamento feito nas cinco maiores cidades do Grande ABC para medir o grau de satisfação da população com os atuais prefeitos, quatro meses após iniciarem os mandatos, dá a entender que eles têm trilhado o caminho certo, exceto o verde Lauro Michels, que tem aprovação de 43,8% dos moradores. Índice que lhe obriga a acender a luz amarela se comparado com o resultado que obteve nas urnas em outubro do ano passado, quando foi reeleito com 57,67% dos votos, e também o de rejeição a seu atual governo, de 51,3%.

Dos outros quatro prefeitos submetidos ao crivo da população de suas cidades, José Auricchio Júnior (PSDB-São Caetano) é o que ostenta o menor índice de aprovação, com 51,6%, e está abaixo apenas de Lauro Michels no quesito rejeição, com 43,6%. Seus companheiros de partido, Paulo Serra (Santo André) e Orlando Morando (São Bernardo) também não têm do que reclamar passados 120 dias da posse: o primeiro é bem avaliado por 61,2% dos moradores e o segundo, por 59,6%. Atila Jacomussi (PSB-Mauá) é outro que surfa com bons ventos neste começo de gestão, com 60,8% da população satisfeita com seu trabalho.

Pode até parecer pouco tempo para se fazer uma pesquisa para avaliar o desempenho de um governo, mas a voz (ou opinião) do povo não pode ser desprezada por aqueles que colocaram seus nomes à prova nas urnas. Antes, pelo contrário. Devem se debruçar sobre os números que saltam das planilhas do instituto Paraná Pesquisas, comparar com os que abocanharam de votos, avaliar o que fizeram até aqui e traçar novas rotas, se for o caso. É preciso cuidado para não deixar que números positivos encubram possíveis falhas da administração.

Ainda mais em tempos de desemprego em alta, quando cada vez mais pessoas dependem dos serviços públicos. Os prefeitos de primeiro mandato, sobretudo, devem sempre manter a luz amarela acesa, sob pena de pararem na vermelha.