A Prefeitura de Diadema assinou, ontem, autorização para início de obras da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) no valor de R$ 28 milhões. Entre as intervenções está a troca de aproximadamente 15 quilômetros de rede de água da cidade. Porém, a maior parte da obra vai precisar ser feita por método não destrutivo, já que será realizada em área onde a administração municipal refez cerca de 200 quilômetros de asfalto, em 2016.

Conforme o superintendente da Unidade de Negócios Sul da Sabesp, Roberval Tavares de Souza, a utilização do método planejado para não danificar o asfalto e gerar menos transtornos de obras, já que é feito quase que totalmente pelo subterrâneo, fica cerca de 15% mais cara. A expectativa é a de que 68% da obra precise ser realizada desta maneira, já que envolve ruas recém-recapeadas. “A tecnologia evoluiu muito. Hoje é mais caro do que você fazer com o método tradicional, que é cavar buraco com picareta. Mas traz mais conforto em relação às obras.”

O prefeito Lauro Michels (PV) justificou que o investimento para as obras de recapeamento foi disponibilizado antes. O recurso de aproximadamente R$ 105 milhões foi repassado pela própria companhia em razão da quitação da dívida da extinta Saned (Companhia de Saneamento Básico em Diadema) de R$ 1,2 bilhão. A Prefeitura investiu o valor no Programa Diadema de Cara Nova, que, além da recuperação do asfalto, realizou obras de infraestrutura.

“Tem ruas que já constatamos que não foi feita a manutenção, até porque o programa não conseguiu suprir tudo isso. Esse investimento estava programado ano a ano, o investimento do dinheiro que veio antes também tinha uma programação, então se você fica travando um para fazer o outro, não faz nada”, disse.

O prefeito também afirmou que a companhia se comprometeu a recuperar o asfalto novo, onde houver necessidade. “Nesta parte, a Sabesp já firmou conosco que vai fazer a recuperação do pavimento.”

O prazo para o término das obras é de 18 meses. Além da troca da rede, as intervenções também incluem a recuperação estrutural do reservatório Nações, assentamento de 8,8 quilômetros de redes primárias, instalação de 17 válvulas redutoras de pressão e instalação de dois boosters, que elevam a pressão da água.

De acordo com o superintendente, o principal ganho é a redução no índice de perda de água da cidade, que atualmente é de 31%. “Nós queremos chegar a 18%, que é considerado um índice bom em quatro anos. Só com essa intervenção pretendemos chegar nos 26%”, afirmou.

Conforme a Prefeitura, serão beneficiados 90 mil moradores de bairros como Jardim Campanário, Parque Reid, Casa Grande, Piraporinha, Vila Oriental e parte do Centro. Serão realizadas 48,8 mil ligações de água.

As obras fazem parte da previsão de investimentos da Sabesp, que assumiu o abastecimento de água e esgoto da cidade em 2014. A previsão é a de que, em 30 anos, sejam investidos R$ 180 milhões no município. Já foram aplicados R$ 50 milhões.