No vídeo, é possível ouvir Sati perguntando, após o primeiro empurrão, se ele havia agredido o guarda. Depois, já chorando, ele dizia estar machucado. Caído no chão, o morador de rua ainda pede para que seu carrinho não seja levado pelos agentes. "É tudo o que eu tenho", diz. O boletim de ocorrência do caso descreve que, ali, havia "roupas e pertences pessoais".
Ainda segundo o boletim, o guarda que participou da agressão fazia parte da operação Reorganização do Espaço Público, da Prefeitura. Sati foi levado ao 35.ª Distrito Policial (Jabaquara) e precisou de atendimento médico por causa da fratura. Ele já havia sido detido pela polícia no passado, acusado de crimes como receptação e furto.
A Prefeitura divulgou duas notas sobre o caso. Na primeira, da Secretaria Municipal de Direitos Humanos, afirma que a conduta dos GCMs "não condiz com a política e a orientação da Prefeitura". "A Secretaria de Direitos Humanos irá acompanhar todo o processo", diz um dos textos. A outra, divulgada pela Secretaria de Segurança Urbana, a quem a GCM se reporta, afirma que "A Corregedoria Geral da GCM vai apurar a conduta dos agentes no procedimento" e que "preliminar e temporariamente, o guarda envolvido diretamente na ocorrência será afastado das atividades operacionais".
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