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Alex Manente quer Morando na campanha

Pré-candidato ao Paço de S.Bernardo pede participação de tucano para derrotar Luiz Marinho

Rogério Santos
do Diário do Grande ABC
24/03/2012 | 07:31
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Definido como pré-candidato ao Paço na chapa de oposição em São Bernardo, o deputado estadual Alex Manente (PPS) disse ontem que pretende conversar com o companheiro de Assembleia Legislativa Orlando Morando (PSDB) para ter o apoio dele durante a campanha eleitoral. Alex considerou que, embora o tucano esteja envolvido na pré-candidatura do ex-governador José Serra à prefeitura de São Paulo, Morando tem força política em São Bernardo.

"Conversei com o Orlando no fim do ano passado e no início deste ano. Ele tem capital político importante na cidade e com certeza não estará ao lado do Marinho. Queremos contar com o apoio, com o entusiasmo e com a força política dele", discorreu.

Com o discurso conciliador, o popular-socialista pretende fortalecer a frente de oposição que tentará impedir o projeto de reeleição do prefeito Luiz Marinho (PT). Já aderiram ao grupo PHS, PRP e PMN. Para ampliar o leque de aliados, Alex pretende dialogar com o PMDB, que ensaia candidatura majoritária com o vereador Tunico Vieira, e pode articular inclusive com o PTB caso a legenda não emplaque o forrozeiro Frank Aguiar novamente como vice de Marinho.

Em 2008, Alex e Morando estiveram em lados opostos na eleição. No primeiro turno disputaram o governo da cidade com Marinho. O popular-socialista conquistou 49.440 votos (12% dos válidos), ficando em terceiro lugar no pleito, atrás de Morando, que obteve 151.653 sufrágios (37%) e de Marinho, que arrebatou 194.966 votos (48% do total).

À época, o tucano era o candidato da administração, chefiada pelo hoje deputado federal William Dib (ex-PSB, atual PSDB), e trocou farpas inúmeras vezes com os adversários. Durante a eleição, Alex teve de esclarecer aos eleitores sobre os rumores de que renunciara à candidatura para favorecer Morando. No segundo turno, o popular-socialista aderiu à campanha de Marinho.

Dentro do ninho tucano, Morando sempre defendeu candidatura própria do partido. Apesar disso, resolveu não participar das prévias do PSDB - que ocorreriam amanhã e foram canceladas devido à aliança com o PPS - acompanhando a discussão à distância. O deputado não retornou os contados do Diário.

 

POLARIZAÇÃO

Em sua segunda participação no pleito majoritário, Alex considera que a disputa será polarizada e que dificilmente surgirá uma terceira via. "Ou nós ou o Marinho vencerá no primeiro turno. Estamos antecipando a eleição porque acreditamos que temos chances de mostrar para a sociedade que temos chances de vitória".

 

Oposição rebate declaração irônica do prefeito sobre união

 

Idealizada desde outubro, a aliança entre PSDB e PPS no pleito majoritário em São Bernardo foi oficializada na quinta-feira, mas parece não incomodar o prefeito Luiz Marinho (PT), que, ao tomar conhecimento que a parceria entre a oposição estava consolidada, disse, em tom irônico, estar "morrendo de preocupação". Não foi a primeira crítica do prefeito, que até o começo da semana não acreditava que a chapa oposicionista se concretizaria.

O agora pré-candidato a prefeito Alex Manente (PPS) preferiu não polemizar o assunto, mas disse que no lugar de Marinho não agiria dessa forma. "Vamos fazer nossa campanha. Não quero agradá-lo, deixa-lo com medo ou satisfeito. Temos de respeitar as lideranças da cidade", opinou Alex.

Já o deputado federal e coordenador regional do PSDB, William Dib, não economizou nas críticas ao petista. "(A declaração) é o símbolo deste governo, da prepotência. Acham que estão acima de todos, que acertam com todo mundo. Eles não falam de ideais, de plano de governo, só falam de acerto", esbravejou Dib, que seguiu com ataques a Marinho. "Nós não temos acerto com ninguém. Nosso compromisso é com São Bernardo. Ele não tem esse compromisso. Nunca teve."

Embora Marinho seja considerado por muitos favorito para se manter no comando da cidade, Dib enxerga o quadro eleitoral de outra maneira. "Eu acho que o favoritismo ele perdeu com o governo pífio que teve, prometendo coisas para daqui a dois, três anos. Não está se resguardando pelo que fez, mas pelo que vai fazer, como se fosse candidato eterno", avaliou o tucano.

A troca de farpas, comum nas disputas eleitorais, tende a se repetir no pleito deste ano, esquentando ainda mais a disputa eleitoral entre o petista e a frente de oposição pelo comando do Paço.




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