A administração de Famoxin - uma proteína produzida a partir de outra, fabricada pelo tecido adiposo - a ratos muito obesos, submetidos a um regime rico em gordura, ‘produziu uma redução significativa do seu peso, sem modificar seu regime alimentar, precisou a firma Genset em um comunicado.

Estes trabalhos são resultado da colaboração científica entre uma equipe dirigida pelo professor Harvey Lodish, do Whitehead Institute for Biomedical Research, dos Estados Unidos, e a equipe do médico Bernard Bilhain, diretor de Genômica Funcional da Genset.

Os resultados mostraram que o Famoxin apresenta novas propriedades farmacológicas, muito potentes, de regulagem do peso e metabolismo dos lipídios, segundo a Genset. A firma ressaltou que, ao regular o nível dos ácidos graxos, o Famoxin poderia se transformar na ‘‘insulina da obesidade’’. A elaboração do novo medicamento levará cinco anos.

Os resultados estão sendo divulgados na edição on line da revista científica americana Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

Ainda que se saiba que a obesidade é conseqüência de um desequilíbrio entre a ingestão de alimentos e o consumo de energia, a compreensão dos mecanismos que permitem a certas pessoas se manter magras, enquanto outras tornam-se obesas, é um desafio para a ciência.

Cerca de 150 milhões de pessoas no mundo sofrem de obesidade. Segundo estatísticas médicas recentes, 55% dos adultos americanos (97 milhões de pessoas) estão acima do peso. Um quarto das crianças e dos adolescentes do país são obesos, um número duas vezes maior do que o registrado há 30 anos.