``Eu vejo na figura de Mandela, um homem que ficou 26 anos preso, e que nao abriu mao de seus ideais, da sua determinaçao, um exemplo que eu acho muito relevante inclusive no meu caso: eu nao abri mao dos meus princípios éticos. Sofri, nao reclamo por isso e inclusive nao demonstrei rancor', disse Pitta ao ser indagado quem foi seu mentor político.

``Nestes quatro anos me consolidou a imagem de Mandela, como uma pessoa de uma determinaçao, de uma força interior incomparáveis', concluiu.

O prefeito de Sao Paulo, ao qual resta menos de um mês de mandato, foi condenado em primeira e segunda instância várias vezes por corrupçao, e este ano foi submetido a um escândalo de enormes proporçoes acusado por sua ex-esposa, e por isso a justiça novamente tentou afastá-lo do cargo.

Pitta conseguiu se manter na prefeitura até o final recorrendo a tribunais superiores, que nao deram ainda seu veredicto definitivo.

Sua ex-esposa o acusa de ter propiciado um grande esquema de corrupçao na prefeitura, de aceitar dinheiro de empresários e de subornar vereadores por seus votos favoráveis, no caso por exemplo de uma moçao de censura.

A prefeitura de Sao Paulo mantém uma intensa investigaçao nao só do prefeito mas também da prefeitura, e assim foram afastados do cargo mil funcionários e foram abertos processos contra mais de 400.

Apesar de sair da prefeitura com uma rejeiçao acima de 70% e até de 80% nas pesquisas, Pitta nao descartou que possa voltar a ser candidato à prefeitura paulista ``se for chamado'.

A 29 de outubro passado foi eleita prefeita de Sao Paulo a psicóloga esquerdista Marta Suplicy, com uma campanha fortemente baseada na luta contra a corrupçao.