"O caso do Rio só chegou antes", disse Fábio Klein, da consultoria Tendências. No lado das despesas, ele destacou que uma população mais envelhecida do que a média do País pesa na Previdência. Além disso, o Rio tem "tradição" de ter muitos funcionários públicos, talvez por ter sido capital federal e manter certa sobreposição de órgãos. São 463.258 servidores e pensionistas. Menos da metade (215 mil) são ativos.
Sem correção, o recuo da arrecadação com tributos e royalties de petróleo no Rio foi de 23% - quase um quarto em dois anos. O processo é ligado à maior recessão da história do País. "O principal tributo brasileiro é estadual, o ICMS, que é muito sensível aos ciclos da economia", disse Klein.
O ICMS incide sobre a comercialização de bens e a prestação de serviços. Na recessão, as vendas despencam e as empresas pagam menos pelo imposto. O fenômeno atinge todos os Estados, mas governos com contas mais organizadas e em regiões mais diversificadas economicamente, como São Paulo, resistem melhor, afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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