O ex-diretor de Infraestrutura da empreiteira, Benedicto Júnior, contou que, numa reunião no início de 2007, no Palácio das Mangabeiras, Aécio o comunicou que havia decidido pela participação da Odebrecht na obra, antes mesmo de a licitação ocorrer.
Nesse encontro, o tucano teria indicado Oswaldo Borges, seu contraparente e então presidente da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig), para "acertar tudo a respeito". A partir daí, a Odebrecht indicou seu superintendente em Minas, Sérgio Luiz Neves, para tratar de pagamentos e combinar as fraudes ao processo de concorrência.
A Odebrecht levou o lote 2, de R$ 360 milhões, em consórcio com a Queiroz Galvão e a OAS. Houve reuniões entre os empreiteiros escolhidos previamente para a obra, segundo ele, para tratar de detalhes da licitação e da desclassificação de concorrentes indesejados.
A Odebrecht, sozinha, faturou cerca de R$ 90 milhões com a Cidade Administrativa e teria repassado os R$ 5,2 milhões em propinas para Aécio por meio de vários pagamentos a seus intermediários. Alguns deles, segundo Benedicto, foram feitos diretamente a Oswaldo Borges na concessionária Minasmáquinas, de propriedade dele.
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