Cerca de 44 mil alunos, divididos em 10 mil equipes, deverão participar da disputa, que neste ano chega à terceira edição. São Paulo é o Estado recordista em número de inscritos, com 2.174 equipes e 9.177 participantes. Segundo o coordenador do programa, Marcelo Cunha, a necessidade de desenvolver uma cultura empreendedora, não só ao empresário como também ao funcionário, é o principal fator responsável pelo aumento no número de inscrições – em 2000 foram cerca de 900 alunos, quantidade que subiu para um total de 15,5 mil pessoas no ano passado.
As equipes devem ter de três a cinco componentes, e o jogo é dividido em quatro fases: duas on-line e outras duas presenciais. De acordo com Cunha, a primeira fase será realizada nos meses de agosto e setembro, quando as equipes começarão a enviar suas decisões gerenciais via protocolo http, de transmissão de dados, para a coordenação do projeto. O dia exato para a largada, no entanto, é mantido em sigilo porque, segundo Cunha, “faz parte do jogo a tarefa de os participantes permanecerem atentos ao que está se passando”.
Pela primeira vez no jogo, a empresa virtual a ser comandada pelos estudantes terá como tema uma indústria real: a franquia de cosméticos paraense Chamma da Amazônia, criada há 40 anos em Belém. Os classificados na primeira etapa irão para a segunda fase – em setembro e outubro –, que também é on-line e definirá os melhores de cada Estado. “O software será o mesmo usado na primeira etapa, mas com outra situação de mercado”, disse Cunha.
Nas demais fases, os alunos terão de estar presentes para vivenciar a empresa e tomar decisões em conjunto. A terceira etapa, em novembro, será formada por rodadas em várias partes do país; e a grande final será em dezembro, na cidade de Brasília (DF).
Universitários de qualquer área profissional podem participar do desafio. Para Marcelo Cunha, a principal contribuição do projeto é dar a oportunidade de o aluno errar, ensinando-o antes que ele chegue ao mercado de trabalho. “Um médico, por exemplo, quando abre um consultório, passa a ter de tomar decisões como contratar funcionários e outras tarefas relativas à administração de uma pequena empresa. Ele precisa estar preparado.”
O aprendizado também é o principal objetivo do estudante Fulvio Czorny dos Reis, 20 anos, que integra a equipe Justiça Ltda., formada por alunos do 3º ano da Faculdade de Direito São Bernardo. “O desafio dá uma boa base para quem pretende ser um jovem empreendedor”, diz o universitário, já pensando em utilizar os conhecimentos administrativos para, futuramente, abrir um escritório de advocacia.
Outro representante da equipe é o andreense Felipe Raminelli dos Santos, 21anos, que destaca a união dos integrantes como a principal vantagem de sua empresa virtual. “A lição que vejo no Desafio é a possibilidade de aprender a trabalhar em grupo e tomar as decisões, sem hierarquias. A gente aprende a agir como empresário e conhece a dinâmica do mercado, que vai da consulta de boletins de mercado financeiro a pesquisas e veiculação na mídia.”
Premiação – Na segunda fase, os vencedores de cada Estado receberão um troféu e inscrições gratuitas para um curso de empreendedorismo do Sebrae, chamado Empretec. A escola onde a equipe estuda também recebe um troféu.
Na semifinal nacional, cada membro dos oito grupos classificados ganhará um desktop. E os integrantes da equipe que somar o maior número de pontos na final serão premiados com uma viagem para o Vale do Silício, na Califórnia (EUA), onde estão as principais empresas e centros universitários de informática do mundo.
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