O candidato à Presidência pelo PSDB, José Serra, culpou a campanha petista de sua concorrente Dilma Rousseff, pela quebra de sigilos da Receita Federal envolvendo pessoas ligadas ao seu partido.

"O candidato ao senado de Minas, o Fernando Pimental, estava organizando tudo isso. É um ato criminoso contra a Constituição Federal", afirmou o candidato, durante entrevista concedida ontem à noite, ao Jornal do SBT. "Neste esquema governamental, ninguém está protegido."

Serra disse estar confiante e voltou a criticar a postura de Dilma Rousseff em relação às pesquisas. "O PT está querendo sentar na cadeira antes do Lula sair. Já estão discutindo quem vai entrar no governo", disse o candidato. "Pesquisa é uma fotografia e ela não decide eleição."

Serra afirmou acreditar que o crescimento de Dilma se deve ao apoio do presidente Lula. Para ele, a ideia de que se a petista for eleita quem continuará governando o País será o presidente, não existe. "Isso não existe nem no mundo, nem na história e nem no Brasil."

Questionado sobre a declaração feita por Dilma, de que se ela fosse eleita estenderia a mão à ele, Serra garantiu não ter ficado bravo. "O chefe de imprensa dela instrui ela a falar, não é uma coisa espontânea e sim uma estratégia que faz parte do jogo."

Sobre a atual situação da economia do País, que caminha bem, o candidato disse que os eleitores vão procurar por alguém que possa manter o bom andamento, mas que tem condições de "tocar o Brasil". "Sou economista e entendo disso. Essa é uma área que, se eleito, vou caprichar para manter o crescimento e sem inflação", afirmou o tucano.

Quando criticado pelo jornalista Carlos Nascimento, por ser "ranzinza na economia", Serra afirmou ser sim "pão duro", porém com o dinheiro público. "Não podemos desperdiçar dinheiro que vem do contribuinte."

O candidato aproveitou para citar Saúde, Educação e Segurança, como áreas que pelo contrário da economia, não andam bem. "Essas andaram para trás, deixaram muito a desejar e as pesquisas mostram isso com clareza. Pesquisas essas, que são diferentes das de eleições, onde a população responde onde aperta o sapato."