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Lucca, Lucchesi...
Ademir Medici
05/04/2017 | 07:00
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 Semana Santo André 2017 e uma família que marcou e marca época na cidade, os Lucchesi, originários de Chiozza, Garfagnana, Província de Lucca. E as particularidades do jornalismo.

Vejam essas fotos. Foram reproduzidas, em 1972, por João Colovatti, o grande nome da fotografia do Diário e de toda a história da imprensa no Grande ABC. Fotos reproduzidas e não publicadas nas comemorações do aniversário de Santo André naquele abril de 45 anos passados.

Imaginamos que o editor não gostou do resultado final das cópias, em um tempo em que não havia o instrumento do scaner. Diferentemente do editor, nós gostamos.

O certo é que a matéria dos Lucchesi, em 1972, foi publicada pelo Diário sem as fotos, mas com as informações passadas por Bruna Maria, uma das filhas do casal central da história: Cesar Lucchesi e Gelsomina Boschetti.

E por que citamos Bruna Lucchesi? Porque ela aparece no envelope dos negativos guardados pelo Banco de Dados do Diário, e sua caligrafia identifica os personagens desta história tão bonita.

Infelizmente, não temos o nome do repórter que redigiu a notícia dos Lucchesi em 1972, e da qual lançamos mão nos tópicos seguintes e na continuidade, amanhã.

 

HISTÓRIA DE VIDA

No início do século 20 os italianos de Santo André costumavam se reunir no empório, venda e/ou armazém do Lucchesi, localizado à Rua Coronel Oliveira Lima, 13, atual trecho da Rua Coronel Fernando Prestes, 29.

Cesar Lucchesi era uma espécie de conselheiro, além de comerciante. Ajudava e dava orientação aos italianos que chegavam, até que conseguissem se estabelecer ou obter um meio de sobrevivência.

E aqui citamos outras correntes imigratórias e os nossos irmãos brasileiros; os paulistas do Interior, os mineiros, os nordestinos que deixam seus locais de nascimento em busca de uma nova terra em São Paulo – no caso, em Santo André –, e aqui eram recebidos e encaminhados pelos parentes e conhecidos.

Cesar, ele próprio, foi acolhido por um tio, Francisco, ou Francesco Lucchesi, que se dedicava à plantação e comercialização do fumo em Ouro Fino, Minas Gerais. Ali o sobrinho chegou em 1900. Estava com 19 anos.

Cesar ajudou o tio Francisco. Fazia cobranças para ele, mas não se adaptou. Preferiu vir para Santo André, onde o tio Francisco mantinha um armazém, um dos primeiros da antiga Estação São Bernardo. Cesar passou a cuidar dos negócios do tio em Santo André.

O armazém é este mesmo que citamos no início. Cesar acabou por adquiri-lo. E o armazém sobreviveu, no mesmo endereço, até a década de 1960.

Já ambientado a Santo André e aos negócios comerciais, Cesar retornaria várias vezes à Itália para tratar de importações e rever parentes.

Dentre as importações, azeite, azeitonas, queijos e vinho acondicionado em cartolas. Em uma das viagens, Cesar casou com Gelsomina Boschetti, que permaneceu alguns anos mais na Itália para, finalmente, se juntar ao marido na terra escolhida, Santo André.

 

Diário há 30 anos

Domingo, 5 de abril de 1987 – ano 29, edição 6.409

Manchete – Sarney (José, presidente da República) confessa decepção com os rumos da economia.

Imóveis – Mercado sofre com indefinição econômica. Reportagem: Elianete Simões.

Polícia – Futuro policial militar conhece nas matas os perigos da cidade; um curso ao ar livre. Reportagem: Walter Venturini, com fotos de Alberto Murayama.

 

Municípios Brasileiros

Celebram seus aniversários em 5 de abril:

Na Bahia, Anagé, Caetité, Dom Basílio, Érico Cardoso e Planalto.

Em Santa Catarina, Araquari e Camboriú.

No Piauí, Dom Expedito Lopes.

No Paraná, Godoy Moreira.

No Pará, Marabá.

No Rio Grande do Sul, Novo Hamburgo.

No Rio Grande do Norte, Pureza.

No Maranhão, Timbiras.

 

Em 5 de abril de...

1917 – Transfere sua residência de Santo André para São Paulo o Dr. José Bustamant.

A guerra. Do noticiário do Estadão: Os debates no Congresso americano da resolução sobre a declaração de guerra dos Estados Unidos à Alemanha.

1977 – Diário publica entrevista com Raimundo Faoro, presidente da OAB: “O estado de direito constitui um dogma para a OAB e para os 200 mil profissionais existentes no País”.

 

Hoje

Dia dos Fabricantes de Materiais de Construção

Dia das Telecomunicações

 

Santos do Dia

Vicente Ferrer, na estampa (Valência, Espanha 1357 – Vannes, França 1419). Presbítero. Lutou para que a Igreja voltasse à sua primeira unidade, sob o comando do papa em Roma, quando do grande cisma do Ocidente, que dividiu os cristãos com o papa de Avignon.

 

Catarina Tomás

Bv. Mariano de La Mata Aparício

 

SOS Vila Euclides

Na noite de sábado ou domingo, meliantes furtaram o vaso de bronze fixado no jazigo do meu bisavô materno, Antônio Manoel Pedroso (1865-1927), no Cemitério de Vila Euclides, que fica bem próximo da capela. Certamente eles sabem que podem violar e furtar à vontade objetos, pela falha da vigilância. O jazigo da família Pedroso fica quase vizinho do jazigo da família Fabbrini, furtado na semana passada.

No ano passado a Guarda Civil Municipal prendeu uma quadrilha de violadores de jazigos. Infelizmente, os furtos voltaram a ocorrer.

Como o Cemitério de Vila Euclides é um bem patrimonial no rol de tombamento, conto com a intercessão da Seção do Patrimônio de São Bernardo para solicitar a quem de direito que a vigilância noturna seja constante.

João Paulo de Oliveira, professor

 

AMANHÃ EM MEMÓRIA

O clã Lucchesi

O bondinho

Carvão em Diadema

Os cavalos Fumaça e Vândalo




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