Lançada anualmente pela Igreja Católica, a Campanha da Fraternidade deste ano – cujo lema é ‘cultivar e guardar a criação’, com o tema Biomas Brasileiros e Defesa da Vida – teve início com o período da quaresma. O bispo da Diocese de Santo André, dom Pedro Carlos Cipollini, lembrou que a população do Grande ABC deve refletir sobre a preservação da mata atlântica e da Represa Billings. “É importante preservar a represa, que está malcuidada. Jogam lixo, esgoto, é uma coisa terrível. Devemos tratar muito seriamente o problema ambiental, pois nossos rios estão todos entupidos de sujeira e o rio é um organismo vivo, que precisa ter a limpeza preservada”, afirmou.

O bispo relembrou a situação do entorno da represa em visitas que fez à região logo que assumiu a diocese. “É o sofrimento do povo e da própria área de preservação da represa. Os políticos, ao invés de ajudar, criam muita complicação, cada um fala uma coisa. A população não se une, não há uma força-tarefa para salvar a represa. Os governos atuais estão começando, então não posso criticar”, afirmou ele, que também destacou o problema da ocupação irregular.

No dia 9, Domingo de Ramos, além de caminhada no Paço Municipal de Santo André, às 14h, haverá missa na Catedral do Carmo, onde serão distribuídas mudas.

Para tratar do tema objeto da Campanha da Fraternidade deste ano, dom Pedro já conversou, inclusive, com o prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB), que ontem assumiu a presidência do Comitê das Bacias Hidrográficas do Alto Tietê.