O Ministro das Comunicações, Hélio Costa, se reunirá neste sábado com os representantes da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) para tentar colocar um fim à greve, que completa 18 dias nesta sexta-feira. Segundo informações da Globo News, a reunião acontecerá às 11h30 na sede dos Correios, em Brasília.

De acordo com a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos), os grevistas devem formalizar até às 18h desta sexta-feira uma contraproposta apresentada informalmente na quinta-feira ao presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), ministro Rider Brito.

Os funcionários reivindicam cumprimento do acordo assinado em 2007 e ratificado em abril deste ano com o ministro das Comunicações, Hélio Costa, que prevê adicional de periculosidade equivalente a 30% sobre o salário-base (de julho a setembro) para os carteiros. Além disso, a categoria exige o pagamento (a partir de outubro) do piso de R$ 260 e o desconto de apenas metade dos dias parados.

Já os Correios afirmam que o valor pleiteado (como um abono emergencial) foi pago a 43.988 empregados e que a empresa concedeu, em caráter permanente, adicionais de Atividade de Distribuição e/ou Coleta e o de Atividade em Guichê em Agências de Correios, no valor fixo de R$ 260.

Balanço – De acordo com um balanço divulgado nesta sexta-feira pelos Correios, 18 milhões de objetos (entre cartas, documentos e encomendas) estão retidos nos depósitos da ECT na Capital, Grande ABC e Baixada Santista. Segundo a assessoria da empresa, se a greve terminasse hoje, seriam necessários de três a quatro dias úteis para colocar as entregas em dia. Em todo o País, mais de 127 milhões de objetos não foram entregues.

Segundo o diretor de imprensa da Sintect-SP (Sindicato dos Trabalhadores de Correios e Telégrafos de São Paulo e Grande São Paulo), Anderson Morais, cerca de 75% dos funcionários dos Correios no Grande ABC permanecem de braços cruzados nesta sexta-feira.

A assessoria dos Correios, no entanto, informou que a adesão diminuiu ao longo da semana e hoje é de apenas 11,5% dos 20 mil funcionários da ECT na Capital, Grande ABC e Baixada Santista.