Política Titulo Editorial
Lição de vida
Do Diário do Grande ABC
26/03/2017 | 10:25
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Arte/DGABC


Estimativa do Ipes (Instituto Paulista de Educação e Saúde), que atua no Grande ABC, aponta a presença de 1.020 pessoas em lista de espera por transplantes nas sete cidades. O número significa pouco menos de 10% do total de pacientes do Estado – 14.373 –, segundo informações do Ministério da Saúde. 

Chama atenção o fato de as administrações municipais não possuírem dados específicos sobre a quantidade de pessoas que vivem a expectativa por um doador, sem a certeza de que ele vai surgir ou se irão morrer sem ao menos ter tido a oportunidade de se salvar.

São Caetano, Rio Grande da Serra e Diadema não se posicionaram sobre o assunto. Os demais municípios têm poucos serviços direcionados à captação de órgãos. Em Santo André, o procedimento é realizado no Hospital Estadual Mário Covas e no Centro Hospitalar Municipal. Em Mauá, no Hospital Radamés Nardini, enquanto que, em São Bernardo, o Hospital Anchieta fornece o centro cirúrgico para a retirada de órgão de doadores.

Fica evidente que a estrutura na região é insuficiente para atender tanta demanda. A criação de Organização de Procura de Órgãos, com equipe disponível 24 horas para realizar a captação, como sugere a fundadora do Ipes, Wilma Maria Rosa, é louvável e mais do que necessária. E seria de bom grado que o Consórcio Intermunicipal, que defende bandeiras de interesse para o Grande ABC, tivesse voz mais ativa na questão. Pelo bem dos cerca de 2,7 milhões de moradores.

E fica a torcida para que surjam – não só nos sete municípios – mais pessoas com a iniciativa da Alessandra Saes, 44 anos, que no dia 30 irá doar um rim para a irmã, Cristina, 50, de São Caetano, como contado nas páginas de hoje deste Diário. História de amor, de solidariedade e que serve de lição para muitas pessoas que não aceitam a ideia de doar um órgão, seja em vida ou não. Vale lembrar que o próximo da fila pode ser você. 




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