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O mundo precisa: seja você mesmo
Do Diário do Grande ABC
25/03/2017 | 10:30
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Na medida em que vivemos, somos modificados pelas relações humanas e acabamos, também, por modificá-las. Apesar do fato de sermos todos os mesmos, isto é, humanos, ninguém é exatamente igual a qualquer pessoa que tenha existido, exista ou venha a existir. Esta santa diferença é característica de nossa condição humana e faz com que o universo social seja marcado necessariamente pela pluralidade de pensamentos e principalmente de ações. Essa diversidade se torna visível à medida em que tomamos consciência de que surgimos neste mundo para sermos felizes e cada ser humano possui o direito a um ‘lugar ao sol’.

A autenticidade, porém, depende da necessidade que cada ser humano possui em adequar sua forma única de ser, a originalidade de suas ações, com as condições criadas pelas relações humanas, pelo ambiente social. O drama da condição humana constitui-se justamente na dialética entre a individualidade e as influências do meio social, ou seja, entre ser o que somos expressando livremente o ‘novo’ que podemos trazer ao mundo e as expectativas que as pessoas que nos circundam possuem sobre nosso ser e o nosso agir. 

Como viver a nossa autenticidade e não frustrar as esperanças dos que amamos é a questão a ser solucionada por cada ser humano. Em nossa sociedade a influência social constitui peso extremo sobre o indivíduo. Antes de tomarmos decisão ou assumirmos atitude, somos condicionados desde muito cedo a nos questionarmos sobre ‘o que as pessoas irão pensar’. 

Sentimo-nos bem quando vivemos em conformidade com o nosso grupo e, por mais fortes que sejamos, somos tomados por sensação de desconforto quando não vivemos de acordo com a maioria, ou seja, com a normalidade. Essa pressão do social sobre o indivíduo, além de ser desrespeito à individualidade da pessoa humana, contribui para o empobrecimento da vida social, pois sufoca o ‘novo’ com o qual cada pessoa humana poderia enriquecer a vida. 

Por isso, faz-se necessário que cada ser humano acredite em si mesmo e não se deixe vencer pelo autoritarismo ou pela intolerância de pessoas que já perderam sua autenticidade. A grande aventura de viver é não cair na uniformidade, mas ter a coragem de ser o diferente que, na verdade, somos. Se nos deixarmos vencer, não haverá surpresas nem alegrias. Afinal, somente buscando a autenticidade podemos realmente iluminar o nosso mundo. 

Roberto Francisco Daniel, padre Beto, escritor, cronista, filósofo, formado em Direito pela ITE (Instituição Toledo de Ensino), em História pela USC (Universidade do Sagrado Coração) e em teologia pela Ludwig-Maximillian, de Munique, na Alemanha.

Palavra do leitor

Arrecadatórios 

 Governos anteriores simplesmente eliminaram o Ministério da Previdência e Assistência Social. Com que objetivo? Anexaram-no à Pasta da Fazenda. Fiquem sabendo, leitores, que depois da Receita Federal o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) é o órgão que mais arrecada e, agora, querem colocá-lo como o ‘eterno pagador’, o que não é verdade. Mas ele arrecada e bem. Quem paga, acha muito; quem recebe, acha pouco. Com a palavra, o digníssimo presidente Michel Temer.

Edson Rodrigues

Santo André

Aposentadoria – 1

 Se o governo quer acabar com a aposentadoria por tempo de contribuição pode-se usar a tabela progressiva do fator previdenciário, que foi uma das poucas coisas corretas e sensatas que Dilma fez em mais de cinco anos de mandato. Essa fórmula trata de maneira justa e igualitária quem começa trabalhar cedo e quem inicia mais tarde. Contempla idade, tempo de contribuição, expectativa de vida e porcentagem do valor de benefício. Com alguns ajustes e aplicada a todos os trabalhadores das iniciativas pública e privada pode corresponder, de maneira satisfatória, aos anseios do governo e dos trabalhadores. Ela é simples de entender e justa. Não há necessidade de criar fórmulas mirabolantes e complicadas que só confundem a cabeça dos contribuintes. Caso aprovada a idade mínima de 65 anos, como viverão as pessoas acima de determinada idade que não conseguem mais emprego? Isso precisa ser muito bem analisado para não gerar caos social. 

Mauri Fontes

Santo André

Aposentadoria – 2

 Para mim, o Artigo da professora Marcia Tolotti (Opinião, dia 19) seria brilhante se não fosse inútil. A maioria esmagadora do povo brasileiro não consegue planejar nem o que comer ao menos uma vez por dia, como vai planejar a velhice? Nesse mesmo dia saiu reportagem sobre altos salários na Fundação Santo André (Política). Este é o câncer chamado setor público brasileiro. Diariamente vemos administradores dizendo que seria muito difícil acabar com os abusos no serviço público nos três poderes, pois trata-se de direito adquirido. Para obrigar o cidadão a trabalhar e pagar até os 65 anos é facinho. Basta mudar a Constituição por meio de PEC, criando fator previdenciário, idade mínima etc. Mexer na Constituição para enfrentar bandidos que usaram e usam de má-fé e de leis feitas sob encomenda para parasitarem o Estado, isso nem pensar! Acabar com a sua aposentadoria, cidadão, é fácil. E anda saem por aí se fazendo de gente séria, preocupada com o futuro. Mas mexer na legislação para acabar com a roubalheira é impossível, pois ela é direito adquirido de funcionário público.

Donizete A. Souza

Ribeirão Pires

Fluxo

 Solicito ao prefeito de São Bernardo, Orlando Morando, estudar a reabertura da entrada e saída da Avenida Lauro Gomes com a Rua Marcel Preotesco, na altura da avenida Senador Vergueiro, 1.300, no Jardim Três Marias, para ajudar a desafogar o trânsito na Rua Kara com Senador Vergueiro, que na hora do rush , entre 17h e 18h, chega quase à Avenida Kennedy, demorando de 20 a 30 minutos para cruzar com a Vergueiro, pois atualmente é a única saída para Santo André, na Lauro Gomes.

Fernando A. Ramalho

São Bernardo

Desfaçatez!

 Lula disse ao juiz da 10ª Vara Federal de Brasília sofrer ‘massacre’ da imprensa. Que cinismo! Lula, os massacrados são mais de 13 milhões de brasileiros que perderam os empregos e mais de 1.000 micro e médias empresas pré-falidas motivados pela corrupção implantada nos períodos dos governos do seu partido, auxiliado por outras siglas congêneres, e deixou o Brasil e o Rio de Janeiro, em particular, em situação deplorável, antevendo sombrio horizonte. Que isso nos sirva de lição, a começar com as eleições de 2018. Quiçá! Desejamos que os culpados pelas mazelas cometidas contra os cidadãos brasileiros abandonados à própria sorte, ao deus-dará, sejam presos, tornem-se inelegíveis e fiquem impedidos de ocupar qualquer cargo público para o resto da vida. Concluo com a frase do genial pensador italiano, psiquiatra e especialista em antropologia criminal Cesare Lombroso e que vem a calhar: “A corrupção é uma doença, ela é maligna, e, como tal, não pode ser tratada com dose homeopática”.

Francisco Emídio Carneiro

São Bernardo




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