Um ato impulsivo gerado pela falta de respaldo dos órgãos públicos. Assim o autônomo Marcelo Marques de Almeida, 29 anos, analisa a atitude tomada há um ano e cinco meses, quando levou o filho Vinicius da Paz Almeida, 6, para o Espírito Santo sem o consentimento da ex-mulher.
Vinicius retornou para a casa dos avós, onde vive com a mãe, Janaina Arruda da Paz Almeida, em janeiro. Durante 15 meses o garoto ficou em lista de crianças e adolescentes desaparecidos e só foi encontrado graças à denúncia, após a mãe ter procurado emissora de televisão para mostrar o caso. "Eu não mantive meu filho em cativeiro como a avó dele (Maria de Fátima Arruda Paz) disse. Ele ia à praia, tinha amigos e estava para começar a frequentar a escola", diz Almeida.
Segundo o pai, desde o fim do casamento de dois anos com Janaina, quando Vinicius tinha 3 meses de vida, as autoridades de Mauá são alertadas sobre problemas ligados à criação do menino. Almeida diz que Janaina não acompanha o rendimento escolar do filho e deixa ele sozinho à noite para frequenar bares. "Ninguém dá atenção para um pai, por isso, larguei tudo o que tinha aqui (em Mauá) e fui para o Espírito Santo."
Inicialmente, foi indeferida liminar que pedia a guarda provisória de Vinicius. A juíza da 1ª Vara Cível de Mauá, Maria Eugênia Pires Zampol, entendeu que o menino não sofre ameaça física na casa dos avós. O Ministério Público informou que não pode comentar casos que envolvem crianças.