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Palavra do leitor
Do Diário do Grande ABC
17/03/2017 | 12:25
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É do interior brasileiro que vem a principal força para ajudar o País a sair dessa profunda crise econômica que nos assola nos últimos dois anos. São nessas regiões que os principais setores econômicos estão localizados, como, por exemplo, a pecuária e o agronegócio, dois pilares de sustentação da nossa frágil economia, além do setor energético, que também tem grande contribuição vinda do interior.

Isso fez com que nos últimos anos acontecesse o processo inverso ao que ocorreu na segunda metade do século passado, quando houve migração da população interiorana para as capitais. A cidade de São Paulo é exemplo disso, são mais de 11 milhões de habitantes e, em sua maioria, vindos de outros locais. Com toda essa instabilidade política e econômica, notamos movimento onde as pessoas estão voltando para o interior em busca de novas oportunidades de emprego. Por isso, os esforços das agências de publicidade devem estar voltados para atender essa demanda, que a cada ano cresce e impulsiona nossa economia.

Porém, sabemos que isso não é tarefa fácil, já que o Brasil é País de proporções continentais. Levar conteúdo publicitário de qualidade e que ainda atenda às particularidades de cada região é algo que envolve diversos fatores, desde a logística até o gerenciamento de todo esse material. Isso faz com que nossos esforços sejam voltados para esse novo mercado, que a cada ano ganha mais espaço. As principais emissoras de televisão do País já se atentaram ao poder do interior e das tecnologias, e passaram a adotar ferramentas para otimizar cada vez mais o processo de envio e recebimento de comerciais.

No mercado, por exemplo, existem plataformas capazes de auxiliar a entrega do material publicitário de forma simples, rápida, segura e, principalmente, com baixíssimo custo operacional, diferentemente de como era feito antigamente, por meio de fitas betas.

Também acho importante ressaltar que esse tipo de entrega por streaming vem ao encontro do avanço do sinal digital, que já cobre quase todo território nacional. O plano do governo federal é desligar totalmente o sinal analógico no Brasil em 2018. Creio que, finalmente, o mercado publicitário olhará para o interior do Brasil da forma correta, valorizando grandes regiões que durante anos foram esquecidas pelo nosso mercado. Hoje, é nossa obrigação atender essa nova demanda da melhor forma possível, garantir a qualidade do conteúdo que é entregue e oferecer soluções que auxiliem as marcas e agências a gerenciar esse material. Dessa forma, todos conseguem traçar metas que impactem esse público consumidor, cada vez mais qualificado, seletivo e com particularidades que devem ser respeitadas.

Celso Vergeiro é CEO da empresa AdStream.

Artigo

Gorjetas

Acompanhando este Diário, noto que existe interesse muito grande dos proprietários de estabelecimentos comerciais em querer dividir as gorjetas arrecadadas pelos seus funcionários (Economia, dia 15). Particularmente acho a ação absurda e retrógrada tirar dos funcionários, que ao atenderem bem os clientes recebem esse agrado do comprador, que mostram, assim, estar satisfeitos. Desde que nasci, há quase 70 anos, sei que esse é direito deles de ficar com a gorjeta. Acho errado querer dividi-la. É muita ganância, pois os lucros da casa já estão incluídos nos preços dos produtos. Cuidado! Dinheiro não é tudo, mas a falta dele pode desestimular o funcionário. Às vezes se perde excelente funcionário por pequenos valores.
Ivanir de Lima
São Bernardo

Discurso

Cara senadora Glesi Hoffmann, após ouvir seu discurso no Senado em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, debrucei-me sobre as funções de senador e não vi nada lá mostrando que conclamar greve, muito menos greve de sexo, seja atribuição. Se isso aconteceu por desconhecimento de suas atribuições, sugiro que a senhora se atualize; se foi para desviar a atenção do povo quanto à senhora ser a primeira senadora a virar ré na Operação Lava Jato, acusada de receber dinheiro desviado da Petrobras, o tiro saiu pela culatra.
Vanderlei A. Retondo
Santo André

Escolaridade

Li, com preocupação, a reportagem sob referência, assinada por Felipe Siqueira (Política, dia 5). Talvez com olhos exacerbadamente críticos, percebi menoscabo do repórter e, por conseguinte, do jornal, pelos políticos municipais que não atingiram a graduação. Escolaridade em menor grau não significa pior trabalho político. O contrário também é verdadeiro: pessoas com excelente formação acadêmica nem sempre desenvolvem trabalhos de qualidade na área política. Sobretudo no Legislativo, justamente pela característica de diálogo, a escolaridade tem-se mostrado de pouca valia. Importante lembrar que o legislador constitucional estabeleceu que são inelegíveis os analfabetos; ou seja, não há exigência de qualquer nível escolar para ocupar cargo político. Isso porque a lei deixou ao saber do povo a escolha de seus representantes. O povo é quem diz qual deve ser seu porta-voz. A reportagem permite deduzir que o povo não sabe escolher, o que não é verdade. A voz das ruas deve ser ouvida, principalmente quando vai às urnas. Meu nome, em particular, recebeu tratamento equivocado. Ali consta que tenho, apenas, Ensino Médio completo. Não é verdade. Sou médico de formação com especialidade em ginecologia e obstetrícia, em densitometria óssea e medicina do trabalho, o que compromete a estatística apresentada pelo jornal. Convivo, na Câmara Municipal de Diadema, com vereadores de formação igual ou diversa e, em nenhum momento, isso é sequer lembrado. A discussão é sempre política e o trabalho é voltado, sempre, ao melhor para a cidade e para nossos cidadãos. Por fim, valorizo a sabedoria do povo, que escolhe seus representantes de acordo com a sua convicção, e não pelos diplomas que possuem.
Albino Cardoso

vereador pelo PV de Diadema

Nota da Redação – A informação sobre o nível de escolaridade dos vereadores consta no banco de dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), abastecido pelos próprios políticos. Os dados colhidos, inclusive, permanecem no site do TSE. Em nenhum momento a reportagem emitiu juízo de valor; logo, a dedução feita pelo missivista é equivocada.

Ilusão

Posar-se de vítima. Essa é a estratégia dos advogados de Lula, que já não convence mais ninguém com seu velho e desgastado discurso tentando desqualificar quem o investiga (Política, dia 15). Lula, como prega ditado popular, teve ‘a faca e o queijo na mão’, quando eleito, para acabar de vez com a falta de ética e a corrupção que já assombrava o Brasil. Essa era a principal proposta dele e do PT e para isso foi eleito. Tinha 80% de aprovação popular e apoio maciço no Congresso, portanto, só dependia dele para alçar o País ao nível de primeiro mundo e mudar nossa história. Pura ilusão. Enganou a todos e jogou todo esse patrimônio político e seu carisma na lata do lixo quando começou a fazer conchavos e compra de parlamentares para aprovar medidas de interesses político-partidários para se perpetuar no poder, ao invés de governar para o País que o elegeu na esperança de dias melhores.
Mauri Fontes
Santo André 




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