Na comissão especial, lembrou Zarattini, os governistas são maioria e eventuais dissidentes poderão ser trocados de forma a garantir a aprovação da proposta. "Na comissão, os deputados são escolhidos a dedo", observou.
De acordo com o parlamentar, à medida em que a população vai tomando conhecimento do conteúdo da proposta, vai rejeitando a PEC. Desta forma, as bases eleitorais vão pressionando os deputados a votar contra a medida. "O governo está perdendo a guerra na opinião pública", afirmou. Assim, prevê o petista, a discussão decisiva se dará no plenário e o governo tem sério risco de não atingir os 308 votos necessários para aprovar a PEC. Hoje, os próprios aliados do Palácio do Planalto admitem que não têm o número necessário para aprovar a medida.
Em outra frente de oposição, o PT promete obstruir na próxima semana o projeto que trata da regulamentação da terceirização no País e atuar para impedir que a Reforma Trabalhista seja concluída na comissão especial, sem passar pela votação em plenário. O deputado defendeu que a sociedade saiba como votou cada deputado na reforma. "Não vamos admitir que um projeto de tal importância seja votado sem a discussão clara, sem que o deputado coloque seu dedinho lá", afirmou.
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