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Dia de paralisação contra a reforma da Previdência no Grande ABC é tranquilo

Na Capital, porém, reflexo da situação foi grave, levando transtornos a 2,5 milhões de pessoas

da Redação
16/03/2017 | 07:07
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 Quem se preparou para encontrar pontos lotados e falta de ônibus pelas cidades do Grande ABC em razão da greve que atingiu diversos setores da sociedade contra a reforma da Previdência, ontem, acabou sendo surpreendido.
Algumas linhas estavam em funcionamento antes mesmo do horário previsto para o encerramento da paralisação dos rodoviários, previsto para as 8h. Ontem pela manhã, poucos pontos estavam cheios, uma vez que coletivos rodavam normalmente desde a madrugada.
Usuários disseram parecer feriado, situação explicada pelo fato de muitos moradores da região que trabalham na Capital terem desistido de sair de casa. Em Santo André, o maior problema foi em alguns bairros onde coletivos não rodaram no início da manhã. Trabalhadores tiveram de caminhar até o Centro para pegar ônibus.
“Fiz percurso de 6 quilômetros a pé. Saí da Vila Luzita e andei até a Perimetral, onde passava ônibus e embarquei”, disse Otacílio Isidoro, 25 anos, que pretendia chegar até o Sesc Santo André, onde trabalha.
O balconista Luciano Resende, 43, também chegaria atrasado ao seu emprego, mas como já tinha avisado a chefia na noite anterior disse que não se prejudicaria muito com o protesto. “Andei uma parte do trajeto até o Centro. Então, só vou conseguir pegar um ônibus para chegar ao serviço.”
No geral, o clima foi favorável à paralisação. “Se não houver movimento, nada mudará”, disse Fabiana Barbosa, 31.
Em São Bernardo a greve também não chegou a trazer transtornos. Motoristas das linhas municipais relataram que durante a madrugada já havia transporte pela cidade. No terminal do Centro, por exemplo, os pontos estavam vazios.
Em Diadema os problemas foram mínimos, já que os trólebus operaram normalmente. Em São Caetano, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não foram relatadas ocorrências graves envolvendo o ato dos rodoviários. Os trens da CPTM também funcionaram normalmente.

CAPITAL
Diferentemente do Grande ABC, a Capital sofreu com a paralisação. A cidade registrou recorde de lentidão no ano pela manhã, com 201 quilômetros de vias engarrafadas às 9h30. Às 11h, as linhas municipais começavam a retomar a normalidade, com 85% de circulação, enquanto o Metrô ainda operava parcialmente.
A Prefeitura estimou que 2,5 milhões de pessoas tenham sido afetadas até as 12h e informou que cobrará judicialmente a aplicação da multa de R$ 5 milhões aos sindicatos envolvidos.
Segundo o prefeito João Doria (PSDB), que se disse “totalmente a favor” da reforma da Previdência, a rede de Saúde foi afetada por conta dos 30% de funcionários que não chegaram às unidades. Na área da Educação, 814 escolas funcionaram parcialmente e 528 fecharam as portas no período da manhã. O prefeito reforçou que “não vai admitir” que manifestações como a de ontem se repitam.




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